Pode
ser que a sua riqueza seja somente um pão que você tenha, mesmo assim,
reparta-o com quem necessite! Nada justifica a nossa indiferença diante
da miséria e da pobreza que está ao nosso lado.
”Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor” (Jeremias 17,5).
Umas das parábolas mais belas e, ao mesmo tempo mais duras dos
Evangelhos de Jesus Cristo, é a parábola que nós escutamos, hoje, do
rico e do pobre Lázaro. Ela mostra o contraste existente na humanidade,
desde quando o pecado entrou no mundo, a humanidade é dividida em pobres
e ricos, o contraste dos extremos.
Enquanto o rico representa o extremo da riqueza, aqueles que muito
possuem, o extremo da opulência, da avareza humana; Lázaro representa o
extremo da pobreza, da miséria, da indigência daquele que nada tem, que
nada possui e vive a mendigar, esperando as migalhas que caem da mesa
dos ricos e, a única coisa que recebe é o consolo dos cachorros que vêm
lamber suas feridas.
No final, morre o rico e morre o pobre. O pobre tem lugar de honra no
coração de Deus; já o mesmo não ocorre com rico que não foi temente a
Deus, que confiou apenas em sua riqueza, confiou nos seus bens, confiou
na opulência de tudo o que tinha e nunca se lembrou de repartir, de
cuidar e de dar algo de si aos menos favorecidos, preocupado apenas em
crescer na sua riqueza e nunca em repartir o que tinha. Sem reconhecer o
abismo que separa o homem para sempre de Deus.
E a tristeza do relato é que o rico não pôde receber nenhum consolo,
nem mesmo um alívio para refrescar um pouco o calor ardente daquilo que é
o sofrimento de se separar de Deus. Enquanto Lázaro experimenta a
bem-aventurança, a felicidade suprema do Reino eterno de Deus e, a
resposta de Jesus (ou a resposta de Abraão) é a resposta de Deus para
essa realidade.
O pobre recebeu a miséria e os tormentos desta vida, ao passo que o
rico recebeu os consolos, mas não soube transformar o seu consolo, não
soube transformar os seus bens para aliviar a pobreza do outro.
Primeiro, meus irmãos, não há problema em ser rico, não há problema
em trabalhar honestamente e ficar rico, milionário, ganhar bens e, assim
por diante. Isso é mais do que justo contanto que isso seja feito de
forma justa, honrada, fruto do suor e do trabalho. Agora, nada
justifica quem possui qualquer bem deste mundo não cuidar dos pobres,
dos sofridos e dos marginalizados; nada justifica termos isso ou aquilo e
não sabermos repartir com quem não tem.
Nada justifica a nossa indiferença diante da miséria, da pobreza que
está ao nosso lado, nada justifica nós no nosso carrinho, no nosso
ar-condicionado, ou na nossa vida cômoda, olharmos para frente e não
vermos no trânsito em que nós andamos alguém pedindo esmola, alguém
pedindo ajuda, alguém vendendo alguma coisa e nós simplesmente dizermos:
”Este problema não é meu!”. Nada justifica, em nossas casas e em nossas
famílias crianças desperdiçarem comida, nós jogarmos comida fora,
desperdiçarmos roupas, sapatos, bens enquanto muitos vivem na pobreza e
na indigência!
A responsabilidade de cuidar dos pobres é do rico que tem o seu
coração em Deus e não importa o tamanho da sua riqueza. Pode ser que a
sua riqueza seja somente um pão que você tenha, mesmo assim reparta-o
com quem necessite!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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