Reconciliar
significa trazer paz ao seu coração, reconciliar significa, acima de
tudo, não fazer do outro um empecilho para o seu crescimento pessoal!
”Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar,
e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a
tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu
irmão” (Mateus 5,23-24).
Nós podemos fazer muitos propósitos para viver bem este tempo da
Quaresma: o propósito de fazer jejum, de dar esmola, de não comer isso,
de não comer aquilo; tudo isso é louvável. Mas não viveremos
intensamente a Quaresma, que é um tempo de graça de Deus em nossa vida e
em nosso coração, se não fizermos o propósito de viver a reconciliação
no sentido mais profundo e sério da palavra. Sim, nos reconciliarmos com
o nosso próximo e com o nosso irmão! Não deixemos dívidas para serem
resolvidas depois, não acumulemos ressentimentos e mágoas, deixando a
vida nos levar machucados e magoados para frente.
O tempo da graça que vivemos é tempo de nos reconciliarmos uns com os
outros. Pode ser que você prefira passar uma maquiagem, pode ser que
você prefira viver como se não tivesse problema, por achar que “não tem
jeito”. Reconciliar não significa andar ”de bracinhos dados” com quem o
magoou e o machucou; reconciliar não significa voltar a ser como antes.
Reconciliar significa trazer paz ao seu coração, reconciliar significa,
acima de tudo, não fazer do outro um empecilho para o seu crescimento
pessoal!
Como sei que estou reconciliado com alguém? Quando eu não desejo o
mal, quando eu não falo mal e quando eu não ignoro nem deixo de falar ou
de cumprimentar alguém. Existe a reconciliação de fachada na qual
fingimos: ”Ah, está tudo bem! A gente não se fala muito, mas ele lá e eu
cá; eu o respeito e ele me respeita!”. Aqui não é questão só de
respeitar, a questão é de vivermos como irmãos e de querermos bem o
outro! Ele não precisa ser o grande amor da nossa vida, mas o que não
podemos é deixar que aquela mágoa tome conta do nosso coração, comande
os nossos atos e as nossas atitudes.
O que nós não podemos deixar é que a ira comande a nossa vida, de
modo que fiquemos encolerizados com o próximo e o chamemos por nomes
feios na presença ou na ausência dessa pessoa. O Evangelho de hoje nos
chama à atenção sobre isso, afirmando que nem de “tolo” nós podemos
chamar o nosso próximo. Imaginem aqueles outros nomes feios com os quais
nós chamamos uns aos outros na hora da raiva, do ressentimento ou da
mágoa!
Hoje é dia de reconciliação, a primeira oferta que Deus quer de nós
não é o nosso dinheiro, nem as coisas que nós temos para levar para a
igreja. O que o Senhor quer, primeiramente, de nós é que nos
reconciliemos com uns com os outros (cf. Mt 5,23-24).
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