“Os segredos de um sucesso” é o subtítulo do livro do vaticanista Fabio Zavattaro “Estilo Bergoglio, efeito Francisco”
(Editora San Paolo), que analisa os motivos da grande popularidade que o
Papa Francisco alcança em pouco mais de um ano de pontificado.
A sua, explica o autor, é uma verdadeira e real “revolução” que nasce do “gesto de grande humildade” realizado por Bento XVI com sua renúncia, que abriu as porta ao “pontificado luminoso” do seu sucessor, chamado “quase do fim do mundo”, como ele mesmo disse pouco depois da eleição, para governar a Igreja.
O Papa Francisco, escreve Melloni, é amado “não como uma estrela, mas como o padre que todos queriam encontrar, ao menos uma vez, naquele dia preciso de suas vidas, onde uma palavra e um rosto teriam dirimido a dor de viver e o penar da solidão”. “Aquilo que Zavattaro nos conta é verdadeiramente um homem ‘abençoado’ no sentido mais profundo: que abençoa quem encontra, porque não parece ter feito outra coisa além de ser papa em sua vida, e que é papa como se nunca tivesse deixado de ser padre”.
“Um papa que revoga o ritual do chefe de Estado, transforma o Vaticano em uma paróquia, torna-se padre e celebra, reza, prega, agradece, como cada bom cristão que não tem pressa de escapar da Igreja depois da liturgia”.
Introduzidas por Jorge Mario Bergoglio, são “pequenas novidades que saltam aos olhos e que se tornam segredos de um sucesso”, escreve Zavattaro. “É o papa que quis dar também com os gestos, as palavras simples, as escolhas contra a corrente, e por que não, também com os telefonemas, um sobressalto à Igreja, à comunidade dos crentes”.
O papa “se coloca ‘a caminho’ com o seu povo: eis um dos segredos do seu sucesso. Sobriedade, solidariedade, humildade se tornam as palavras chave do seu ministério. É distante dos protocolos e das pompas. O arcebispo não precisa de carro de luxo, sobe no ônibus, pega o metrô, não desdenha a bicicleta. Respira o ar das vilas miseráveis, favelas da capital argentina. Lava os pés dos doentes de AIDS, trovão contra os sacerdotes hipócritas que ‘distanciam o povo de Deus longe da salvação’, negando o batismo aos filhos ‘de mulheres sós que não conceberam no matrimônio’. Não se cansa de apontar o dedo contra aquela que chama ‘espiritualidade mundana’. O risco maior pela Igreja - disse relembrando as palavras de Henri-Maria de Lubac - é ‘ser autor referencial como muitas pessoas de hoje, que se tornam paranoicas, capazes de falar apenas a elas mesmas’”.
Devido a estas suas escolhas, “as acusações chegam também nos sacros palácios vaticanos: não defenderia a doutrina, batiza crianças nascidas fora do matrimônio. Ele não se preocupa demais: alguns sacerdotes, dirá, pensam ‘da cintura para baixo’, obcecados com questões de moralidade sexual”.
Se para Karol Wojtyla o verbo mais adaptado era “ver”, porque “iam ver João Paulo II”, e para Joseph Ratzinger era “escutar”, porque iam “escutar Bento XVI”, o verbo mais adaptado para Jorge Mario Bergoglio é, segundo Zavattaro “tocar”, porque “hoje se vai tocar em Francisco”.
Enquanto Bento XVI tinha indicado como seu programa seguir a vontade do Senhor, ressalta o autor, Francisco pega como ponto de referência José, “aquele que conserva a fé”. “Aquele verbo ‘conservar’, se torna a chave de leitura do compromisso do papa Bergoglio, que precisa como José ter garra: ‘com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fé total, também quando não compreende’. José vive esta sua vocação de conservar ‘na constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível ao Seu projeto, não tanto ao próprio’”.
A sua, explica o autor, é uma verdadeira e real “revolução” que nasce do “gesto de grande humildade” realizado por Bento XVI com sua renúncia, que abriu as porta ao “pontificado luminoso” do seu sucessor, chamado “quase do fim do mundo”, como ele mesmo disse pouco depois da eleição, para governar a Igreja.
O Papa Francisco, escreve Melloni, é amado “não como uma estrela, mas como o padre que todos queriam encontrar, ao menos uma vez, naquele dia preciso de suas vidas, onde uma palavra e um rosto teriam dirimido a dor de viver e o penar da solidão”. “Aquilo que Zavattaro nos conta é verdadeiramente um homem ‘abençoado’ no sentido mais profundo: que abençoa quem encontra, porque não parece ter feito outra coisa além de ser papa em sua vida, e que é papa como se nunca tivesse deixado de ser padre”.
“Um papa que revoga o ritual do chefe de Estado, transforma o Vaticano em uma paróquia, torna-se padre e celebra, reza, prega, agradece, como cada bom cristão que não tem pressa de escapar da Igreja depois da liturgia”.
Introduzidas por Jorge Mario Bergoglio, são “pequenas novidades que saltam aos olhos e que se tornam segredos de um sucesso”, escreve Zavattaro. “É o papa que quis dar também com os gestos, as palavras simples, as escolhas contra a corrente, e por que não, também com os telefonemas, um sobressalto à Igreja, à comunidade dos crentes”.
O papa “se coloca ‘a caminho’ com o seu povo: eis um dos segredos do seu sucesso. Sobriedade, solidariedade, humildade se tornam as palavras chave do seu ministério. É distante dos protocolos e das pompas. O arcebispo não precisa de carro de luxo, sobe no ônibus, pega o metrô, não desdenha a bicicleta. Respira o ar das vilas miseráveis, favelas da capital argentina. Lava os pés dos doentes de AIDS, trovão contra os sacerdotes hipócritas que ‘distanciam o povo de Deus longe da salvação’, negando o batismo aos filhos ‘de mulheres sós que não conceberam no matrimônio’. Não se cansa de apontar o dedo contra aquela que chama ‘espiritualidade mundana’. O risco maior pela Igreja - disse relembrando as palavras de Henri-Maria de Lubac - é ‘ser autor referencial como muitas pessoas de hoje, que se tornam paranoicas, capazes de falar apenas a elas mesmas’”.
Devido a estas suas escolhas, “as acusações chegam também nos sacros palácios vaticanos: não defenderia a doutrina, batiza crianças nascidas fora do matrimônio. Ele não se preocupa demais: alguns sacerdotes, dirá, pensam ‘da cintura para baixo’, obcecados com questões de moralidade sexual”.
Se para Karol Wojtyla o verbo mais adaptado era “ver”, porque “iam ver João Paulo II”, e para Joseph Ratzinger era “escutar”, porque iam “escutar Bento XVI”, o verbo mais adaptado para Jorge Mario Bergoglio é, segundo Zavattaro “tocar”, porque “hoje se vai tocar em Francisco”.
Enquanto Bento XVI tinha indicado como seu programa seguir a vontade do Senhor, ressalta o autor, Francisco pega como ponto de referência José, “aquele que conserva a fé”. “Aquele verbo ‘conservar’, se torna a chave de leitura do compromisso do papa Bergoglio, que precisa como José ter garra: ‘com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fé total, também quando não compreende’. José vive esta sua vocação de conservar ‘na constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível ao Seu projeto, não tanto ao próprio’”.
Fonte: Aleteia
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