Três
coisas que o Senhor hoje quer nos dar como remédios no combate
espiritual que nós vivemos: a prudência, a simplicidade e a
perseverança.
“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mateus 10, 16).
O Evangelho de hoje aponta para nós de que maneira devemos nos portar
no mundo em que vivemos. Ninguém é ingênuo a ponto de não perceber e
saber que existem muitas maldades no mundo em que vivemos. A força do
mal, a ação do mal e os lobos da vida estão presentes em todos os
lugares.
É mais do que compreensível que, por mais bons que sejamos, não é com
bondade que as pessoas vão nos tratar ou nos receber. E que, por mais
honestos que queiramos ser, não é com honestidade que vão nos tratar. Da
mesma forma, por mais receptivos, amorosos e carinhosos que queiramos
ser com os outros, não é com carinho, com ternura e com amor que nós
seremos sempre recebidos por todos. Sobretudo se tivermos disposição e a
mais reta intenção de viver o Evangelho em nossa vida, seremos
incompreendidos até pelos nossos, dentro de nossa, dentro de nossa
família.
Muitas vezes, o filho não vai ser compreendido pelo pai; o pai não
vai ser compreendido pelo filho. Não é que Jesus vá colocar uns contra
os outros; pelo contrário, o Senhor quer unir a nossa família, quer unir
a nossa casa, quer unir os nossos. Mas até no meio dos nossos haverá
aqueles que não vão aceitar a vida do Evangelho a qual nós nos
propusemos a viver.
Três coisas que o Senhor hoje quer nos dar como antídotos, como
remédios no combate espiritual que nós vivemos: a prudência, a
simplicidade e a perseverança. Sim, porque as ovelhas que vão no meio
dos lobos precisam ser prudentes como o são as serpentes. A “prudência”
é, antes de tudo, ser atento, ser prudente quer dizer não ser bobo, não
ser ingênuo, mas, de fato, ter sabedoria, ter o momento certo e a forma
certa de agir. Saber quando recuar e quando ir para frente. Não podemos
ser ingênuos no Reino de Deus! A cada dia mais quando perdemos a nossa
inocência, nós precisamos da pureza, mas não da ingenuidade. Nós não
podemos ser bobos, mas precisamos ser atentos e saber como agir em cada
momento.
Do outro lado nós também precisamos da “simplicidade”, nada de
complicar, nada de colocar muitas dificuldades, nada de querer exigir
muitas coisas ou ver as coisas de forma muito complexa. O Reino de Deus é
simples, é leve. O Reino de Deus não cria complicações. E nós
precisamos agir, neste mundo, com a simplicidade e com a pureza do
Evangelho.
E vivendo tudo isso, não podemos nos esquecer da “perseverança”,
rezarmos pela nossa perseverança e pela perseverança dos nossos. E aqui
perseverar não é simplesmente aguentar firme e seguir no caminho um dia,
dois dias, um ano, alguns anos; mas sim perseverar até o fim. Muitos já
foram do Senhor e hoje não o são mais. Não precisamos julgar ninguém,
mas sim olhar a nossa postura. Quem está de pé, cuidar para não cair; e
quem caiu se levantar e continuar caminhando, porque, em Deus, nós
precisamos da perseverança e da perseverança final.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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