Dom Urbano Allgayer
Bispo emérito de Passo Fundo (RS)
Na liturgia, agosto é o mês vocacional. Convém abordar três vocações específicas da vida da Igreja, em que celebramos as festas do Santo Cura d’Ars, de Santa Ana e São Joaquim, pais da Santa Virgem Maria, da Transfiguração do Senhor, da Assunção de Nossa Senhora ao céu.
A vocação matrimonial é básica. O
matrimônio santifica o casamento entre homem e mulher, co-criadores, com
Deus, da espécie humana. É o sacramento constitutivo da família,
célula-mãe da sociedade, igreja doméstica, centro de comunhão e
participação entre o povo de Deus. Institui-se no Brasil a Semana da
Família, celebrada entre o 2º e o 3º domingo de agosto. Vida, dignidade e
esperança devem caracterizar esta Semana, na qual oramos para que, em
todos os lares, pais, filhos, avós, se amem, se respeitem, crescendo na
fé e na vida em comunidade.
A vocação religiosa constitui um estado
de vida em que mulheres e homens se consagram a Deus e à Igreja pelos
votos de pobreza, obediência e castidade. A vida religiosa manifesta na
Igreja o maravilhoso matrimônio estabelecido por Deus, sinal do mundo
vindouro (Cânon 607).
O testemunho público de Cristo e da
Igreja, a ser dado pelos religiosos, implica em presença especial no
mundo, que é próprio da índole e finalidade de cada instituto. Os
Institutos Religiosos ou Seculares devem ser fortalecidos, como forças
de vanguarda na evangelização da Igreja.
A vocação sacerdotal é vivida por
diáconos, presbíteros e bispos, membros do clero da Igreja. É importante
rezar e trabalhar pelas vocações sacerdotais. Sem o clero a Igreja não
funcionaria, deixaria até de existir, o que é impensável, pois Cristo
deu à Igreja a sua palavra, a garantia de perpetuidade. “A minha palavra
jamais passará”. A Igreja necessita de boas e numerosas vocações
sacerdotais e religiosas, que têm sua origem em Deus e em vocações
matrimoniais imbuídas de espírito profundamente cristão. Agosto é também
o mês das vocações para os ministérios e serviços da comunidade, como
catequistas e ministros (as) da comunhão eucarística, etc.
Fonte: CNBB
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