Não
se esqueça de que, no entardecer da vida, a casca vai para o cemitério e
o que prevalece é o que temos dentro de nós: os valores que cultivamos
no nosso interior e no nosso coração!
“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas!
Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro
estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão!” (Mateus 23, 37).
O Mestre Jesus hoje nos mostra mais um ponto duro da
vida farisaica, como os mestres da Lei e os fariseus da Sua época,
doutores e senhores da religião e do conhecimento da Lei vivem. Nós
somos chamados a rever as nossas posturas, a nossa conduta de vida,
porque o que vemos por fora, muitas vezes, é só a casca.
Às vezes, nós caprichamos demais na casca e deixamos
de lado o essencial: o que está dentro de nós. Damos muito valor ao que
vemos de exterior, tanto nos outros como também em nossa própria vida.
Nós olhamos para a maquiagem, para o retoque, nós olhamos para a beleza
exterior e, muitas vezes, nos esquecemos de que o fundamento, a essência
e os valores verdadeiros são aquilo que a pessoa carrega dentro de si.
Muitos relacionamentos não dão certo, porque a pessoa namora ou se casa com a casca; não namora e não se casa com a essência.
A casca fascina tanto, é tão chamativa, eloquente e ilusória que a
pessoa se prende só àquilo que vê à sua frente. Ela não consegue ir com
profundidade ao essencial; e, depois, quando a casca se desfaz e se
quebra, é que se vai reconhecer o que há dentro, então a decepção é
grande.
Isso não vale só ao olharmos os outros, mas ao
olharmos para nós mesmos, porque, frequentemente, nós nos dedicamos
muito a cuidar do exterior, a cuidar da casca, a cuidar das aparências e
não damos a devida importância e o devido cuidado a nosso interior, a
nossa alma e o crescimento nas virtudes e na prática do bem. Algumas
vezes, nós estamos sorrindo por fora, bem vestidos, bem aparentados, mas
dentro de nós há muita raiva, ódio, rancor, desejos maldosos e
maliciosos!
Não se esqueça de que, no entardecer da vida, a casca
vai para o cemitério e o que prevalece é o que temos dentro de nós: os
valores que cultivamos no nosso interior e no nosso coração! Por isso a
nossa aplicação deve ser não para crescermos na forma de vida farisaica,
mas sim para cuidarmos, cada vez mais, do nosso interior e do nosso
coração, para que essa beleza divina resplandeça dentro de nós e o
brilho do amor de Deus esteja em todo o nosso ser.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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