Não
sabemos valorizar as pérolas, as pratas, aqueles que estão conosco no
dia a dia. Deus vai falar muito mais por meio deles se soubermos
valorizar aqueles que Ele colocou ao nosso lado.
“Jesus, porém, disse: ‘Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!’” (Mateus 13, 57).
Nós, hoje, acompanhamos o drama de Jesus que se dirige à Sua terra
natal: Nazaré. Nós dizemos “terra natal” não porque Jesus nasceu em
Nazaré, mas sim porque foi ali que Ele foi criado, que Ele cresceu e
também ali estão Seus familiares e Seus parentes. Foi ali que Jesus
começou a ensinar na sinagoga, é ali que as pessoas iam para admirar a
pregação e a mensagem d’Ele.
Mas, ao mesmo tempo, é da Sua terra, da terra que O criou, a terra em
que Ele viveu, que Ele também recebe desprezo, é nessa mesma terra que
Ele não é aceito, é dali que vêm as interrogações, é dali que vem a
rejeição a Ele. Muitos de Seus parentes e familiares mais próximos
também manifestaram incredulidade na pregação de Jesus. Por isso o
Senhor vem perguntar e, ao mesmo tempo, afirmar que: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” (Mt 13, 57). Ele justamente nega isso ao afirmar que um verdadeiro profeta não é estimado em sua pátria e em sua casa.
A fala de Jesus nos ajuda a compreender, porque nós, muitas vezes,
não escutamos os da nossa casa falarem, os de nossa família falarem. Preferimos escutar as pessoas de fora a escutar os nossos!
Que dificuldade é para um filho escutar o seu pai ou a sua mãe! Ele
prefere escutar os colegas da rua, ouvir o que os outros estão dizendo, a
escutar os seus pais.
Da mesma forma, quanta dificuldade é para o marido escutar a esposa ou
a esposa escutar o marido; quantas vezes ele prefere escutar os
companheiros da rua, do trabalho, do boteco; e ela prefere escutar as
comadres, aquelas do salão, as conversas de rua e, muitas vezes, não
nenhum dos dois dá ouvidos aos da própria casa.
Nós, hoje, somos chamados pelo Mestre a rever os nossos conceitos
familiares; o Senhor nos chama a darmos mais atenção – pode ser que nem
concordemos, pode ser que nem estejamos de acordo com aquilo que os da
nossa casa estão dizendo, mas a primeira obrigação é escutar a quem mora
conosco, quem vive conosco e aqueles que são nossas autoridades
diretas. Escutar nossos pais, a mulher escutar o marido; o marido
escutar a sua esposa – nisso está a graça de Deus. Nós, muitas vezes,
damos valor só ao que é de fora, e é isso o que também acontece em
nossas igrejas, nossas paróquias: o padre bom é só o da outra igreja, o
pregador bom e o cantor bom são só o que vêm de fora e não sabemos
valorizar as pérolas, as pratas e aqueles que estão conosco no dia a
dia. Deus vai falar muito mais por meio deles se soubermos valorizar
aqueles que Ele colocou ao nosso lado.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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