Deus fez uma aliança conosco de amor e comunhão, que imprime um caráter divino em nós e não pode mais ser desfeita.
“Imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo” (Jeremias 31, 33).
A liturgia hoje nos convida a renovarmos a nossa aliança de amor e
comunhão com o nosso Deus. O próprio Evangelho nos aponta para a
comunhão de fé e amor existente entre Pedro e Jesus; entre Jesus e
Simão, agora chamado de Pedro, pedra da Igreja. Porque é sobre a pessoa
de Pedro que o Senhor constitui – na Sua profissão de fé, na Sua afirmação e naquilo que é o sentido de Sua vida messiânica – a Sua Igreja.
E assim como Jesus faz uma aliança e confia a Pedro a
responsabilidade da Sua Igreja, Deus também faz uma aliança comigo e com
você. Essa aliança é feita no fundo da nossa alma e do nosso coração e
imprime um caráter divino em nós.
Que coisa mais bela, na administração do sacramento do batismo, quando a mãe mostra o peito da criança e nós – sacerdotes, diáconos, a Igreja – imprimimos
o óleo dos catecúmenos nela. Aquele óleo penetra no peito da criança e
ela está marcada e selada e, daquele momento em diante, ela é para
sempre de Deus. Foi assim que fizeram comigo e com você no dia do nosso
batismo, Deus fez uma aliança conosco, a qual está marcada no nosso
peito, em nosso coração. É uma aliança que não dá mais para ser
desfeita, é uma aliança que se faz por toda a vida!
Pode ser que nós não levemos a sério as alianças e os compromissos da
vida. Como as chamadas alianças políticas que duram enquanto durarem os
interesses de ambas as partes. Mas a de Deus conosco não é assim! Aqui
se trata de uma aliança divina, a aliança entre nós e Deus; e entre Deus
e nós.
Se você não se compromete com aquilo que Deus se comprometeu com você, Ele é fiel à parte d’Ele até o fim.
É por isso que precisamos todos os dias examinar a nossa consciência e a
nossa mente, pois o compromisso que fizemos com Deus é o compromisso
de sermos santos, de vivermos a Sua vontade em nossa vida e de
guardarmos as Suas leis e os Seus mandamentos divinos sem ignorar a
vontade do Senhor.
Pode ser que, por fraqueza, por negligência, por indisposição ou por
falta de compromisso, deixemos de viver, muitas vezes, a vontade de Deus
em nós. Assim como existem muitos casais que deixam as alianças de
lado, não as levam a sério e estas ficam esquecidas. Aqui nessa homilia,
não se trata do objeto “aliança”, mas sim do símbolo, do sinal dessa
aliança mais profunda que é feita na alma e no fundo do coração. Assim é
a nossa aliança com Deus, Ele da Sua parte leva muito a sério a aliança
que fez conosco; o que nós precisamos é também levar a sério a aliança
que fizemos com Ele.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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