A
caridade nos ajuda a sermos benignos uns com os outros e a vencermos a
inveja, a vaidade e não sermos tomados pelo veneno do orgulho.
“Se
eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não
tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que
retine” (I Coríntios 13, 1).
Nós hoje
meditamos a carta suprema de São Paulo sobre o dom mais sublime e mais
alto: o dom do amor, do amor caridade. Nós podemos ter muitos dons,
talentos, capacidades para isso e para aquilo. Podemos cantar bem,
pregar bem, falar bem, ser cheios de reconhecimento por aquilo que
sabemos fazer. Podemos ter muitos tesouros, muitas aspirações, mas se
não tivermos o dom essencial, que é o amor dentro de nós, nada seremos!
Aqui não se
trata de um amor qualquer, não é um amor paixão, não é o amor fugaz,
não é o amor momentâneo. É o amor supremo, é o amor que vem do coração
de Deus, é o amor caridade, é o amor que está acima dos dons e da
capacidade humana. Porque precisamos da fé e da esperança para chegar
até Deus! Todavia, a fé vai ser substituída pelo encontro com o próprio
Deus; a esperança vai nos fazer chegar até Ele e vai passar, mas a
caridade não, ela jamais passa, ela permanece para sempre!
Sim, a
caridade é a única coisa que vai nos restar no fim de tudo; no
entardecer da vida, no momento único do nosso encontro eterno com Deus,
só a caridade vai nos salvar! A caridade como dom e amor supremo, que
vem do coração de Deus, nos ajuda a sermos pacientes, nos ajuda a
suportarmos as dificuldades e as tribulações. A caridade nos
ajuda a sermos benignos uns com os outros e a vencermos a inveja, a
vaidade e não sermos tomados pelo veneno do orgulho.
Sim, o amor
caridade não é inconveniente, não é interesseiro, não é movido pela
cólera, pelo rancor, pela raiva e não guarda ressentimento. A caridade
tudo perdoa, tudo apaga, tudo renova (cf. I Cor 13, 4-7). A caridade nos
cura, nos liberta, nos dá uma nova visão, um novo olhar, um novo
coração.
Se nós
precisamos de um batismo nesta vida é do batismo da caridade, que vem do
coração de Deus. Ela [caridade] nos renova por dentro e por fora, faz
de nós homens novos, mulheres renovadas e, assim, nós somos capazes de
fazer o bem até a quem nos faz o mal, nós somos capazes de falar bem até
de quem fala mal de nós. Por isso ela não é um sentimentalismo, não é
um sentimento qualquer; a caridade, o amor caridade, vem do coração de
Deus! Que nós hoje sejamos renovados por esse dom sublime.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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