Quanto nos falta de zelo para com a pessoa do próximo! O zelo pelas
coisas de Deus é saudável, mas o zelo que nos salva é a caridade, é o
cuidado para com a pessoa do próximo!
“E perguntou-lhes: ‘É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?’” (Marcos 3, 4).
Jesus entra novamente na sinagoga e ali estava um
homem de mão seca. O problema é que era um dia de sábado, e é óbvio que
os doutores da Lei, os fariseus e todos aqueles que se opunham à Palavra
de Jesus estavam de olho em Suas ações. No entanto, o Senhor Jesus não
teve receio humano e, ao entrar naquela sinagoga, voltou-se para aquele
homem e dele teve misericórdia e compaixão.
Aquele homem estava apenas com a mão seca e precisava
de uma mão que tocasse na sua, que a curasse daquela paralisia que
sofria. E o que fez o Senhor sofrer não foi o homem, cuja mão estava
seca, mas sim os homens de coração seco que estavam ao redor dele,
porque eles não olharam para o sofrimento daquele ser humano, não
tiveram compaixão daquilo que ele passava nem de sua situação. Eles se
preocupavam com os rituais, com o dia, se era sábado ou se não era
sábado e não estavam preocupados com o essencial.
Da mesma forma, algumas vezes nós nos ocupamos com as
coisas do Senhor, nos preocupamos com a toalha do altar, com a vela que
se coloca, nos preocupamos com que a igreja tenha um sacrário muito
bonito. Tudo isso é mais do que necessário, mas, muitas vezes,
nos falta a preocupação com o ser humano, com o filho de Deus machucado,
sofrido, oprimido, rejeitado, não amado, não acolhido!
Quanto nos falta de zelo para com a pessoa do
próximo! O zelo pelas coisas de Deus é saudável, mas o zelo que nos
salva é a caridade, é o cuidado para com a pessoa do próximo, para
aquele que entrou na igreja, ou até mesmo para aquele que nem entra na
igreja, porque nela não encontra espaço, acolhida ou atenção.
Jesus hoje não quer só olhar para o homem de mão
seca, Ele quer olhar para os nossos corações, muitas vezes, secos pela
falta de cuidado, ternura e compaixão para com as necessidades do nosso
próximo. Estamos demasiadamente ocupados e obcecados com nossas coisas,
com nossos trabalhos, com nossas obrigações e, muitas vezes, até mesmo
com os nossos compromissos de Igreja.
Desculpe-me, o ser humano, o Cristo pessoa, o Cristo
que vem ao nosso encontro na pessoa do nosso irmão pobre, sofrido e
necessitado (que não precisa ser somente aquele homem de rua que
necessita da nossa atenção), qualquer um do nosso lado que está com o
coração machucado, vale muito mais do que a vela e do que a tolha do
altar ou de qualquer coisa que nós possamos oferecer a Cristo. O melhor
sacrifício que oferecemos a Deus é cuidar do nosso irmão, é dar atenção
ao nosso próximo!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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