O pecado nos afasta de Deus e faz com que nos afastemos d’Ele.
“Adão e sua mulher esconderam-se do Senhor Deus no meio das árvores do jardim” (Gênesis 3, 8).
Meus queridos irmãos e irmãs, quando meditamos a Palavra de Deus no
capítulo 3 do livro do Gênesis, entendemos melhor a origem do mal, que é
a origem do pecado na vida da humanidade com todas as consequências e
desastres que ele provoca em nós.
A serpente é o símbolo do tentador e do mal, astuta, silenciosa e
calma no primeiro momento. Quando ela pode, dá o seu bote e nos atinge
com seu veneno. Sabemos que o veneno da cobra é realmente perigoso, se
não nos purificarmos dele, ele nos levará à morte. Por isso de forma
astuta a serpente chega até a mulher para lhe oferecer o fruto da árvore
que Deus a havia proibido de comer.
A malícia do mal chega em nós para, primeiramente, criar
questionamentos em nosso coração para desobedermos a Deus, duvidarmos de
Sua Palavra e para interpretarmos de forma bem “light” aquilo que Deus disse, sempre que afirmamos: “Não,
não é bem assim não!”. Dessa forma astuta e maliciosa a serpente chega
ao coração da mulher fazendo-lhe outra proposta e apresentando-lhe
outras coisas. O pecado, a tentação, nunca chega em nossa vida como uma
coisa negativa. É sempre uma desfiguração daquilo que é real, é o mal
que vem revestido de bem, é o erro que vem como se fosse algo certo. É
sempre uma ilusão toda e qualquer forma de pecado. A tentação tem a meta
de nos enganar e de nos tirar do coração de Deus.
Muitas vezes, nós somos serpentes na vida dos outros e até nos
colocamos acima de Deus ao fazer-lhes propostas para os iludir e para os
enganar, e para parecer que somos uma coisa, quando, no fundo, somos
outra. E sempre que lhes dizemos: “Deixe de ser bobo! Deixe de ser
quadrado! Faça o que vai lhe fazer bem!”. Assim, as pessoas se iludem e
acabam se entregando aos devaneios, às paixões, às ilusões, ao pecado e
ao que é errado, crendo que finalmente se libertaram e encontraram o
sentido para viver. Mais tarde, o preço que se paga é muito alto, não
porque Deus nos castiga, mas sim porque o pecado por si mesmo já traz
seu preço e suas consequências.
Adão e Eva se escondem de Deus, envergonhados. Quantas vezes nós
também nos escondemos d’Ele e O ignoramos porque os pecados vão se
acumulando em nós! Nós, muitas vezes, tornamos o pecado algo normal e
comum, e já não temos mais consciência do que ele provoca em nós. Desse
modo, nós não somos mais capazes de entrar em confronto com Deus e com
Sua Palavra para que melhoremos. O pecado nos afasta e nos leva a nos
escondermos do Senhor.
No paraíso, os olhos de Eva e Adão se abriram, perderam a inocência e
começaram a ver a maldade que não conheciam. As crianças pequenas são
felizes, choram quando são contrariadas, mas não conhecem a maldade do
mundo. E quando os olhos dela começam a se abrir outros desejos começam a
fazer parte de seu coração. E assim acontece conosco à medida que
abrimos nossa mente não para a verdade, mas sim para aquilo que o mundo
nos apresenta como ilusão, como engano e sedução; quando a maldade e
outros desejos entram em nossa alma.
A causa primeira do pecado é a desobediência a Deus, o que significa
viver o contrário do que Ele nos ensina e vivermos do jeito que o mundo
nos ensina.
Que Deus nos liberte e abra os nossos olhos para enxergarmos o mal
que o mundo nos fez e para que enxerguemos também o bem, a verdade e o
amor de Deus. Que não tenhamos mais vergonha e não fujamos mais de Deus.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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