Doemos tempo, amor e alimento aos pobres. Quanto mais os repartimos, tanto mais se multiplicam as graças de Deus em nossa vida.
“Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem” (Marcos 8,6).
Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o
relato das leituras de hoje nos mostra, primeiramente, a consequência do
pecado na vida dos nossos primeiros pais: Adão e Eva, e, ao mesmo
tempo, na vida de cada um de nós quando fazemos a opção pelo pecado.
No primeiro momento, quando erramos há o sentimento de culpa, mas
depois, defrontando-nos com o pecado, sem querer assumi-lo, arrumamos as
desculpas. Colocamos no outro a culpa e não assumimos onde falhamos
para podermos nos levantar.
De modo que o pecado gera muitas consequências em nossa vida e nos
deixa mais distantes e privados da graça e do amor de Deus e causa mais
sofrimento e transtorno em nossa vida e na vida dos outros.
O pecado é fruto do orgulho e do egoísmo humano. Por isso, quando
Jesus vem ao nosso meio, para restaurar todas as coisas, Ele nos mostra o
caminho da salvação e da restauração da nossa humanidade, enfraquecida
por causa do pecado.
Quando o Senhor multiplica os pães pela segunda vez, Ele se preocupa
mais uma vez com a fome, com a necessidade de Seu povo e com o
sofrimento dos Seus. E nos mostra a direção que devemos tomar nesta vida
para nos libertarmos do egoísmo e sermos fonte de amor, de bênção e
graça na vida das pessoas.
Para isso, precisamos saber lidar com aquilo que temos, reconhecer
que todo alimento é presente do céu e não pode ser somente para saciar a
nossa fome. A coisa mais triste na humanidade é permitir que se desperdice comida enquanto milhões de filhos de Deus morrem de fome!
Agradeça a Deus por cada refeição que você faz. Dê graças e reconheça
que é dom do alto Deus nos dar a natureza abundante de onde podemos
tirar o pão nosso de cada dia. Não se esqueça de abençoar seu alimento,
que ele não seja somente para saciar a fome, mas que seja um alimento
regenerador da nossa própria saúde e para o bem dos que estão conosco.
O terceiro ponto a ser observado é que nossos alimentos precisam ser
distribuídos, repartidos com vizinhos e amigos, sem nos esquecermos dos
mais pobres e necessitados. Quanto mais reparto, tanto mais se
multiplica o que tenho e as graças de Deus em minha vida. Não pense
somente em você! Tudo o que você tem de bens, de posses e de alimentos
pertence também aos pobres.
Restaurando nossa imagem e semelhança do Deus de amor, retiremos do
nosso coração o egoísmo e saibamos distribuir os bens que Deus nos dá.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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