Dez dicas de cura interior, para você fazer uma reflexão de vida, são propostas pelo saudoso padre Léo no livro ‘Gotas de cura interior’
1. A cura interior, muito mais do que um objetivo a ser alcançado ou uma meta a ser conquistada,
é consequência do nosso jeito de viver. Cura interior é fruto e, como
tal, precisa ser cultivada. E como vivemos num mundo desértico e árido,
precisamos ter a sabedoria de gotejá-la todos os dias.
2. Na vida, precisamos aprender a celebrar as vitórias,
sejam elas pequenas ou grandes. Cada passo vivido precisa ser
degustado, saboreado e festejado. Não podemos ficar esperando para
celebrar somente as grandes conquistas. Aliás, sem a celebração dos
pequenos êxitos conquistados perdemos o sabor das grandes vitórias. Cada
pequeno sucesso celebrado é semente para os grandes feitos almejadas.
3. O pessimismo do mundo moderno acaba contaminando nosso coração.
Tornamo-nos especialistas em ressaltar o que é negativo e o alimentamos
por meio das notícias e conversas. Enfocamos o negativo com lente de
aumento, e com isso nos especializamos naquilo que não presta. É preciso
educar-se para as conquistas, para o belo e positivo. A celebração de cada etapa vivida e conquistada nos ajuda nesse processo.
4. A celebração das vitórias tem também um aspecto muito importante,
que precisa ser ressaltado cada vez mais: aprender a compartilhar nossas
conquistas. Vitória que não é compartilhada não pode ser assim chamada.
A celebração das conquistas nos ajuda a nos prepararmos para vencer
novos desafios.
5. Feliz aquele que tem com quem compartilhar suas tristezas e dores.
Mais feliz ainda aquele que tem com quem compartilhar suas alegrias. O
amigo verdadeiro é aquela pessoa diante de quem podemos nos revelar por
inteiro. Muita gente tem medo de partilhar suas vitórias; outras, nem
mesmo têm com quem dividi-las. O outro parece sempre ser uma ameaça.
Como vivemos numa constante competição, parece que ser feliz ofende os
outros. Acreditar na felicidade é um bom caminho para encontrá-la, é uma
trilha segura para construí-la.
6. Um coração curado sabe que a alegria verdadeira não está naquilo que temos
ou conquistamos, mas na qualidade de nossos relacionamentos. O que não
pode ser partilhado não merece ocupar lugar nenhum em nossa vida.
7. Para compartilhar a felicidade é preciso optar pela alegria.
Divertir-se corretamente não é pecado. O grande pecado é não saborear a
vida. É preciso ter seriedade suficiente para ser alegre e brincalhão.
Uma boa piada, na hora certa, tem um lindo poder restaurador em nosso
coração. Rir e ajudar os outros a rir é um dos mais eficientes e
eficazes remédios para a cura interior. Quem aprendeu a sorrir saberá
chorar na hora certa, diante das pessoas e das situações adequadas.
8. No processo de cura interior, é fundamental não perder tempo nem energia com bobagens.
Cada vez que nos entristecemos devemos nos perguntar: é algo realmente
sério? Será que esse fato merece a atenção que estou dando a ele? Não
estou atribuindo um peso excessivo ao que a pessoa me falou ou me fez?
Quanto tempo vou continuar alimentando essa tristeza em meu coração?
9. Todos nós estamos sujeitos a muitos erros e falhas. Ninguém está vacinado contra os dissabores da vida. Portanto, ficar remoendo o passado gesta o rancor,
que é sempre prejudicial a nós e aos outros. A raiva emburrece a
pessoa. O ressentimento bestifica. É preciso aprender a perdoar aos
outros e a nós mesmos. O rancor produz medo de começar de novo. Viver é
correr riscos sempre. Amar é um risco consciente; a vida é imprevisível!
Só quem tem coragem de se arriscar saberá saborear a alegria das
vitórias.
10. É preciso estar aberto ao novo. Não devemos
temer coisas novas, pessoas, comidas ou culturas novas. Triste de quem
viaja para outros países, mas logo procura um restaurante com comida
típica de seu país. Então, para que viajar? É preciso deixar-se
impregnar pela cultura e pelos costumes locais. Ao menos para conhecer é
preciso saborear. Se a outra pessoa daquele país gosta de tal alimento,
por que não posso me arriscar? Abrir-se ao novo pode ser o começo de
uma experiência muito interessante.
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