Na homilia, Francisco explicou os critérios do amor verdadeiro, que está mais nas obras que nas palavras
Na Missa desta quinta-feira, 7, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco centralizou sua homilia nos critérios do verdadeiro amor, que deve ser concreto e se comunicar. Ele ressaltou que mesmo os monges e as monjas de clausura não se isolam, mas comunicam e muito.
A reflexão sobre o amor surgiu do Evangelho do dia, em que Jesus pede que permaneçam em seu amor. O Santo Padre explicou que há dois critérios que ajudam a distinguir o verdadeiro amor do não-verdadeiro. O primeiro é que o amor está mais nos fatos que nas palavras, não é um “amor de telenovela”, uma “fantasia”.
“O verdadeiro amor é concreto, está nas obras, é um amor constante. Não é um simples entusiasmo. Também, tantas vezes é um amor doloroso: pensemos no amor de Jesus levando a cruz. Mas as obras do amor são aquelas que Jesus nos ensina no trecho do capítulo 25 de São Mateus. Quem ama faz isso: o protocolo do julgamento. Tive fome, destes-me de comer etc. Concretude. Também as bem-aventuranças, que são o ‘programa pastoral’ de Jesus, são concretas.
Francisco lembrou que uma das primeiras heresias do Cristianismo foi aquela do pensamento gnóstico, que falava de um Deus distante e não havia concretude. Em vez disso, amor do Pai foi concreto, ele enviou o Seu Filho feito carne para salvar a humanidade.
Comunicação
O segundo critério do amor, mencionou o Papa, é que ele se comunica, não permanece isolado. O amor dá a si mesmo e recebe, faz aquela comunicação que é entre o Pai e o Filho.
“Não há amor sem comunicar-se, não há amor isolado. Mas alguém de vocês pode me perguntar: ‘Padre, os monges e as monjas de clausura são isolados?’. Eles se comunicam e tanto com o Senhor, também com aqueles que vão para encontrar uma palavra de Deus. O verdadeiro amor não pode se isolar. Se está isolado, não é amor. É uma forma espiritualista de egoísmo, de permanecer fechado em si mesmo, buscando o próprio bem. É egoísmo”.
Permanecer no amor de Jesus significa, então, “fazer” e ter a coragem de se comunicar, de dialogar, seja com Deus, seja com os irmãos, disse o Papa. Ele fez a ressalva de que essa é uma tarefa difícil, porque o egoísmo atrai o homem para que não faça e não se comunique.
O Santo Padre concluiu a homilia com esta oração: “Que o Senhor nos dê a graça da alegria, aquela alegria que o mundo não pode dar”.
Fonte: Canção Nova
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