O
perdão nunca pode faltar em nossas orações e em nossos relacionamentos.
O perdão é muito mais do que obrigação, é necessidade da alma para a
vida espiritual.
“De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará” (Mateus 6, 17).
Nosso Senhor Jesus Cristo é nosso Mestre e
modelo de vida espiritual e de relacionamento com o Pai. Jesus ora
intensamente ao Pai e nos ensina como deve ser a nossa oração. Para
isso, primeiro, Ele nos ensina que esta é uma disposição do coração e da
vontade: nós precisamos querer rezar mesmo que estejamos sem vontade.
Quando nos colocamos em oração não precisamos usar muitas palavras nem
repetir as mesmas palavras como se fossem um desespero do coração. A
oração precisa ser feita com simplicidade e com confiança.
Da mesma forma, quando pedimos alguma coisa
a alguém não ficamos dizendo a mesma coisa, dizemos talvez uma única
coisa com palavras diferentes de forma a expressar aquilo que
precisamos, queremos ou desejamos.
A oração é essa conversa muito franca e muito íntima, na qual
chamamos Deus de “meu Pai”, glorificamos o nome d’Ele, exaltamos o
Senhor Nosso Deus e pedimos que, em nossa vida, tire tudo aquilo que não
é do Reino d’Ele, que nos livre do mal e não nos deixe cair em
tentação. No entanto, em nossa oração nunca pode faltar o elemento
“perdão”! Precisamos do perdão de Deus, precisamos pedir perdão a Ele
pelas faltas, pelos erros e pelas negligências.
Quem pede recebe e do que recebe também dá.
Se Deus nos deu muito perdão, é muito perdão que devemos dar ao
outro! Não podemos ter aquela visão errada e enganosa, porque, na
verdade, seria uma verdadeira fraude espiritual recebermos muito perdão
de Deus e não darmos ao outro o perdão que este merece.
Por essa razão, meus irmãos, como nós somos
muito devedores da graça de Deus, devemos caprichar mais ainda na
necessidade de perdoar uns aos outros! O perdão é muito mais do que
obrigação, é necessidade da alma, é necessidade do coração, é
necessidade plena para a vida espiritual. Talvez de forma racional nós
não consigamos perdoar como devemos ou precisamos. Para isso é preciso
ter um raciocínio de fé, uma lógica espiritual, uma disposição interior
de ter o coração ligado em Deus. E por Deus, Nosso Senhor, aprendemos a
perdoar.
Não importa o tamanho da ferida ou do mal
que o outro nos fez ou do bem que ele deixou de nos fazer. Nós somos
devedores uns dos outros e necessitamos que o outro também nos perdoe!
A primeira prova e o primeiro grande sinal
que damos ao mundo da força do perdão é quando perdoamos de todo o
coração. Talvez não consigamos isso por forças humanas somente, daí a
importância da oração bem feita, bem sincera, bem verdadeira, na qual
dizemos: “Senhor, eu não dou conta, mas com a Tua graça eu posso! Eu
me disponho, quero perdoar a quem eu devo perdoar, mas que a Tua graça
venha em meu socorro, em meu auxílio, venha me ajudar para que eu
consiga realizar em minha vida os desígnios do Teu Reino!”.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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