O
único remédio capaz de curar o ódio é o amor. Precisamos renunciar ao
ódio, porque ele nos afasta de Deus e dos irmãos e nos deixa doentes
física e espiritualmente!
“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mateus 5, 44).
Para os antigos [antes da vinda de Jesus], a
Palavra de Deus tinha outra entonação: podia-se amar o próximo e odiar o
inimigo. Quando Cristo nos diz que devemos amar mais ainda o nosso
próximo e rezar por aqueles que nos perseguem, Ele nos ensina que o ódio
não faz parte do coração daqueles que estão plenamente unidos ao
coração de Deus.
Primeiro, porque o ódio é uma coisa
maléfica, terrível, maldosa, cruel e desumana. Ninguém tem o direito de
odiar ninguém, porque o ódio só produz mais ódio e só nos destrói por
dentro. Permita-me falar com muita clareza ao seu coração: o ódio é um
câncer dos mais terríveis e dos mais bravos a fazer mal à natureza
humana. E não é só um câncer no sentido psicológico ou espiritual, o
ódio provoca até mesmo o câncer físico quando ele é alimentado e
fecundado dentro de nós.
O Senhor não nos quer padecendo deste mal, porque o ódio tira a nossa
alegria de viver, nos enfraquece por dentro e atrai sobre nós muitas
coisas negativas. Ao afirmar isso não é que Nosso Senhor queira defender
a quem merece nosso ódio, mas sim que quer cuidar do nosso coração para
que ele não seja levado por esse terrível sentimento da alma.
E uma vez que renunciamos ao ódio e ele não
pode fazer parte da nossa vida e o único remédio capaz de curar o ódio é
o amor, precisamos investir forte nele, inclusive, amando os nossos
inimigos!
Deixe-me dizer: quando a Palavra de Deus
diz que devemos amar os nossos inimigos não é que nós devamos conviver
com eles nem que devamos ignorar a maldade que fizeram a nós. É o
contrário disso: é reconhecer que eles nos fizeram mal e não merecem a
nossa convivência, e que nós merecemos saúde e não ser ainda mais
prejudicados por alguma maldade que eles tenham cometido contra nós. Por
causa disso devemos os amar com o amor-caridade, com o amor-compaixão,
não é aquele amor de andar “abraçadinho” como se nada tivesse
acontecido, pois isso é fingimento e o fingimento faz muito mal.
Quem ama respeita e sabe compreender, mesmo
muitas vezes não compreendendo, mas é o amor cristão, o amor caridade,
que deve ser guiado pelo seguinte pensamento: “Se um dia você
precisar de mim, pode ter certeza de que eu lhe estenderei a mão! E de
que não vou desviar o olhar de você nem retirar minha mão como sinal de
vingança. Vou lhe dar amor, atenção, cuidado e pode ter certeza de que
não quero cultivar nenhum ressentimento de você para que o amor de Deus
seja mais pleno em minha vida!“.
Por aqueles que não conseguimos amar de
forma suficiente, porque nosso coração tem seus limites, devemos orar
muito por eles para que sejam abençoados, cuidados e direcionados pelo
amor divino!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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