A festa da transfiguração de Jesus é um convite
para que levemos a sério nossa vida de oração e para que saibamos,
sobretudo, retirar-nos para orar!
“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou
sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se
diante deles” (Marcos 9, 2).
A festa de hoje nos leva a contemplar a transfiguração
de Jesus, que é a antecipação do mistério da Sua ressurreição gloriosa.
Vejam: eles estavam a caminho de Jerusalém e, naqueles dias, essa cidade
teria um significado grande para Jesus e Seus apóstolos, pois ali o
Senhor daria a vida por nós. Jesus havia dito e anunciado a Seus
discípulos que ali Ele haveria de sofrer muito e padecer, mas haveria de
ressuscitar.
Os discípulos talvez tenham ficado presos e preocupados ou não
queriam entender que o Senhor iria sofrer; contudo, Ele deixou isso
claro todas as vezes: “No terceiro dia eu hei de ressuscitar” (João
6,54). E, como prova de amor, o Senhor antecipa esse fato: Ele leva os
Seus discípulos mais próximos, Pedro, Tiago e João, a uma alta montanha
e transfigura-se, transforma-se e a Sua face se torna gloriosa. O Pai
manifesta o Seu amor para Ele e do Seu lado aparece aquilo que é a
síntese do Antigo Testamento, da Lei de Deus e profetas por intermédio
de Moisés e Elias.
Jesus quer hoje nos chamar a estar sozinhos com Ele, é
Ele quem nos pega pela mão para nos levar a um lugar à parte. Sabem,
meus irmãos, nós precisamos fazer isso muitas vezes em nossa vida,
precisamos ir a um lugar à parte, precisamos nos retirar do que fazemos e
de onde estamos. Precisamos sair da “planície” para ir para o “alto”
contemplar a Deus e deixar que Ele transfigure a nossa vida e a nossa
realidade; porque, senão, seremos absorvidos pelos nossos sofrimentos,
pelos nossos problemas e dificuldades. E desse modo podemos perder a
esperança quando não somos transformados e, sobretudo, transfigurados
pelo amor divino.
Por isso hoje a festa da transfiguração de Jesus é um
convite para que levemos a sério nossa vida de oração e para que
saibamos, sobretudo, retirar-nos para orar. Isso porque, muitas vezes,
nós oramos em meio às agitações do que vivemos, a chamada oração ao
ritmo da vida, mas também existe a oração da contemplação, da
transformação e da transfiguração interior. Esta acontece quando
aceitamos o convite de Jesus e vamos sozinhos a lugar separado, um lugar
à parte, onde estaremos somente nós e Deus, Deus e nós e podemos
contemplar a Deus mesmo em meio às tribulações, em meio aos sofrimentos e
às dificuldades.
Deus transfigura o que passamos e o que vivemos! Por isso hoje somos convidados a estar a sós com o Senhor!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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