O perdão cura o nosso coração dos males do mundo

quinta-feira, 13 de agosto de 2015



Só o perdão dado, decidido, buscado e orado pode curar, sanar e salvaguardar o nosso coração dos males deste mundo!

“’Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18, 21-22).


Os padres da Igreja, na sabedoria deles, ensinam-nos que, todas as vezes em que nos colocamos em oração, a primeira disposição que devemos buscar é a graça de perdoar. Quando perdoamos, a oração em nós flui com mais eficácia, é mais frutuosa e traz bênçãos a nós.
No entanto, muitas vezes, vamos precisar muito da oração para ter a disposição de perdoar, porque humanamente não conseguimos perdoar. Para isso temos de reconhecer que o nosso coração está inflamado pelo orgulho e pela soberba, e está ferido, machucado e decepcionado. Tendo em vista que o perdão não é uma coisa automática por meio da qual apertamos um botão e liberamos o perdão. Quem dera fosse assim! Nós não somos máquinas, somos pessoas humanas, afloradas por sentimentos, por coisas boas, mas também por marcas ruins. Por essa razão, se não fizermos a purificação do nosso interior, da nossa lembrança, da nossa memória e do nosso coração, realmente nós não saberemos perdoar a quem nos machucou e nos feriu.
Na oração, procuramos nos libertar das lembranças negativas que aquela pessoa e as situações causaram dentro de nós. Muitas vezes, nós ficamos recordando coisas azedas e estragadas que entraram em nosso coração e nos lembrando do tanto que determinada pessoa significa de negativo e de mau para nós, mas o problema não está nela, mas sim no mal que a deixamos fazer ao nosso coração. O mal que ela fez foi externo, mas internamente o assimilamos, o acumulamos e o guardamos, por isso o nosso coração fica pesaroso.
“Livra-nos, Senhor, do mal”, nós suplicamos na oração do Pai-Nosso. E um dos males dos quais o Senhor quer nos libertar é o mal de assimilar, guardar e reter coisas ruins  e estragadas. A graça que precisamos, a cada dia, é de todos os dias sabermos perdoar; e perdoar significa resguardar, guardar, querer bem nossa saúde e o nosso bem-estar.
Só o perdão dado, decidido, buscado e orado pode sanar, sarar e salvaguardar o nosso coração dos males deste mundo! Não é somente o outro que precisa do nosso perdão setenta vezes sete, é o nosso coração que – para ser pleno e para estar junto de Deus e viver as virtudes – precisa a cada dia da graça do perdão!

Deus abençoe você!
 
Fonte: Canção Nova

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