Abramos o coração e recebamos a Palavra de
Deus. Quando o coração está aberto, sedento de Deus, toda Palavra de
Deus é um toque; toque da graça, toque de mudança.
“Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!” (Lucas 7, 32).
esus está comparando os homens da sua
geração com uma parábola muito interessante; daquelas crianças que estão
sentadas numa praça vendo o “circo” acontecer, as lamúrias acontecerem e
elas [as crianças] não estão “nem aí” para o que está acontecendo.
Às vezes, a criança tem na mão um
“brinquedinho” e se este é tudo para ela o resto nem interessa. Podemos
chamar atenção para isso, para aquilo, mas ela está tão fechada e tão
bitolada naquele brinquedo que não se abre para ver o que está à sua
volta.
Os homens da época de Jesus estavam
fechados em si, fechados em suas preocupações, em sua visão de mundo, de
religião e não foram capazes de se abrirem para o novo de Deus que
havia chegado.
João Batista, um homem asceta,
levou uma vida evangelicamente muito dura, foi muito austero, muito
disciplinado. Quando olhavam para João diziam: “Ele está com um demônio!” (Lucas 7, 33).
Mas, Jesus que não era tão ascético como João Batista, se fazia homem
com os homens, estava nas festas de casamento, comia com os pecadores,
mas olharam para Jesus e disseram: “Ele é um comilão e beberrão” (Lucas 7, 34).
Quando não queremos acolher algo, toda a
desculpa é válida; arrumamos toda desculpa e justificativa para não
acolher o novo. E acontece o pior: a indiferença; o coração se fecha e
não se abre para acolher o novo que está chegando. Eles [homens da época
de Jesus] se fecharam e não acolheram a novidade que era Jesus.
Permita-me dizer a você: não podemos ser
como os homens da geração, da época de Jesus, mas não podemos negar que
existem muitas coisas mais “interessantes” que nos fazem indiferentes
às coisas de Deus.
Estamos fechados em nossas coisas, em
nosso “mundinho”. Hoje, criaram outros brinquedos, a tecnologia do jeito
que anda é muito atrativa e as novidades do mundo. Estamos muito
fechados ou, então, abertos demais para apenas conhecer ou ficarmos
adeptos e escravos das novidades que nos cercam e não somos capazes de
nos abrir para a novidade de Cristo.
A insensibilidade da mente e do espírito
para as coisas de Deus é o pior dos males que pode nos acontecer! A
pessoa não é mais capaz de ouvir a voz de Deus, de sensibilizar-se com a
Palavra de Deus, com o anúncio d’Ele.
Quando o coração está aberto, sedento de
Deus, toda Palavra de Deus é um toque; toque da graça, toque de
mudança. Mas, quando o coração humano está embriagado pelas preocupações
da vida, pelos excessos e futilidades do mundo não é capaz de ser
tocado por nada que venha de Deus.
Amados irmãos e irmãs, que Deus nos livre deste mal! Que abramos o nosso coração para que a insensibilidade não tome conta dele!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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