Olá! Quero começar com a seguinte história:
“Um certo homem era um grande pedreiro, um verdadeiro artista,
fazia com perfeição seu trabalho. Era honesto e pontual no término de
suas obras. Para ele, trabalhar era mais do que uma obrigação, era sua
paixão. Tudo ele fazia com muito amor: preparava a massa, o cimento,
areia, água….
Ser pedreiro era tudo na sua vida. Envolvia-se tanto com seu
trabalho que, um dia, colocou seus pés dentro da massa que estava
preparando e começou a sonhar. Deixou os sentimentos envolverem seus
pensamentos e medos tomaram conta dele. Ficou ali pensando o que seria
dele se, um dia, perdesse esse emprego. “E se eu não fizer aquela parede
melhor do que outros pedreiros?”. Passou tanto tempo ali que, quando
percebeu, a massa já havia endurecido e prendido seus pés.
Quais os obstáculos para viver a Palavra?
Claro que essa história é só ilustrativa, mas era isso que Deus me
mostrava em minha oração. Muitas vezes, amamos tanto nosso ministério,
mas nos esquecemos que ele é só a massa para fazer a obra. Somos, sim,
os pedreiros que vão edificar o Evangelho no coração das pessoas, mas o
Mestre dessa obra é Deus. Amamos tanto nosso ministério, a música, a
banda, que acabamos ficando presos nele. E quem perde com isso? Nós e a
obra.
Presos ao nosso ministério, deixamos de cantar a Palavra de Deus e
passamos a cantar as nossas palavras, nossas verdades e até coisas boas
que aprendemos. Mas não estamos ali somente para passar coisas que
partem de nós, estamos para proclamar a força da Palavra do Senhor para
as pessoas. No entanto, se ficarmos presos ao nosso ministério, não
vamos conseguir.
Chamo de prisão nosso medo de perder “nossa Missa”, “nosso” grupo
de oração, medo de perder prestígio, o lugar, etc. Veja: cantamos a
Palavra de Deus em nossas canções e devemos estar presos somente a elas.
Temos de nos deixar envolver pela Palavra e, assim, edificar a vida dos
outros como bons servidores dessa obra, na qual, repito, Deus é o
Mestre. Quando estou firme na Palavra, meu canto passa a ser libertação,
passa a ser presença do Senhor, ânimo para as pessoas. Quando estou
firme em mim mesmo, na minha “massa”, meu canto passa a ser somente
sentimento.
Não somos chamados a passar sentimentos ao povo que nos escuta, mas a
verdade do Evangelho, da Palavra, levando-as a um encontro pessoal com
Jesus. É uma grande missão, uma grande obra. Maior que nossos medos,
receios, perdas etc.
Canta a Palavra de Deus quem vive e/ou busca viver o Evangelho, pois
sem isso nosso canto se torna uma mentira, pois o cantamos, mas não o
vivemos. Não basta amar a música, porque ela só será a massa da obra. É
preciso amar o Mestre da obra e fazer, cada vez melhor, nosso trabalho.
Aquele pedreiro era bom, dedicado, mas o amor dele estava todo em si e
nas obras que fazia. Precisamos ser diferentes, precisamos ser
dedicados, responsáveis; para isso, nosso amor todo deve estar em Deus e
levarmos ao povo a força da palavra libertadora, que já nos convenceu, nos transformou e ainda precisa transformar muitos por meio de nós.
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Fonte: Canção Nova
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