Muitas vezes o espetáculo é uma celebração, no qual as pessoas, ao invés de receber um Sacramento, vão para fazer uma exibição de moda, para se mostrar, por vaidade
O Papa Francisco afirmou que o casamento não é um desfile de moda e que as celebrações na Igreja não são espetáculos.
O Papa falava em sua homilia da missa na Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira.
“O espetáculo! Nunca o Senhor diz que o Reino de Deus é um espetáculo. É uma festa,
mas é diferente. É festa, é bela, é uma grande festa, e o Céu é uma
festa, mas não um espetáculo. A nossa fraqueza humana, no entanto,
prefere o espetáculo”.
Muitas vezes – disse Francisco –, o espetáculo é uma celebração, por exemplo um casamento,
no qual as pessoas, ao invés de receber um Sacramento, “vão para fazer
uma exibição de moda, para se mostrar… por vaidade”. Ao contrário, “o
Reino de Deus é silencioso, cresce dentro”.
Em seguida, Francisco citou as palavras de Jesus:
“também para o Reino chegará o momento de manifestar a força, mas será
somente no final dos tempos”.
“O dia em que fará barulho, o fará como uma
esquadrilha de aviões que atravessa o céu de um lado ao outro. Assim
fará o Filho do homem no seu dia, no dia em que fará barulho. E quando
se pensa na perseverança de tantos cristãos – homens e mulheres – que
levam adiante a família, que cuidam dos filhos, que cuidam dos avós, que
chegam ao fim do mês com meio euro [algumas moedas] no bolso mas rezam,
ali está o Reino de Deus; escondido na santidade da vida cotidiana, na
santidade de todos os dias, porque o Reino de Deus não está longe de
nós, está perto! Esta é uma das suas características: proximidade, todos
os dias”.
Também quando descreve o seu retorno numa manifestação de glória e
de poder, Jesus acrescentou que “antes é necessário que ele sofra muito e
seja rejeitado por esta geração”.
Isto quer dizer que “o sofrimento, a cruz, a cruz
cotidiana da vida – a cruz do trabalho, da família, de fazer bem as
coisas – esta pequena cruz cotidiana é parte do Reino de Deus”.
"Peçamos ao Senhor a graça de zelar pelo Reino de Deus que está dentro de nós com a oração, a adoração e o serviço da caridade, silenciosamente”.
“O Reino de Deus é humilde, como a semente:
humilde; mas cresce, eh? Pela força do Espírito Santo. A nós cabe
deixá-lo crescer em nós, sem nos vangloriar; deixar que o Espírito
venha, nos transforme a alma e nos leve avante no silêncio, na paz, na
serenidade, na proximidade a Deus, aos outros, na adoração a Deus, sem
espetáculos."
(Com Rádio Vaticano)
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