Cada um de nós comparecerá diante do tribunal de Deus para ser julgado por aquilo que fez ou deixou de fazer
“Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede
e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa” (Mt 25, 35).
Amados irmãos e irmãs, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo está
dizendo para nós quais são os termos do julgamento final de toda a
humanidade. Cada um de nós comparecerá diante do tribunal de Deus para
ser julgado por aquilo que fez ou deixou de fazer. Seremos abençoados e
acolhidos todas as vezes que recebermos o Senhor ou deixarmos de receber
a coroa da vida, quando não soubermos acolhê-lo.
“Senhor, onde estava nu, e eu não Lhe dei roupa? Onde o Senhor estava
com fome, e eu não lhe dei comida? Onde o Senhor estava preso, e eu não
fui lhe ver?” Sabe, meus irmãos, fazemos muitas coisas para as pessoas
que nos são agradáveis, das quais gostamos muito, que amamos; tiramos
até nossa própria roupa para dar a quem amamos e é muito importante para
nós.
Eu sei que pelo Papa e por aquele ídolo que você gosta muito, você
faria qualquer coisa! Contudo, não é o Papa nem seu ídolo que vão ser a
via da presença misericordiosa de Deus para você. Acolher Jesus é
acolhê-lo naquele que ninguém quer. O Senhor está mesmo no pobre, que
não tem comida para comer; no sedento que precisa de um copo d’água para
beber. Jesus é o estrangeiro que não tem lugar para se refugiar ou casa
para morar. Ele é o homem nu da rua, da vida que não tem roupa para se
vestir.
Jesus é o doente, o enfermo que está no leito do hospital ou sofrendo
em muitas de nossas casas, desamparados, porque não têm ninguém por
eles. Jesus é o preso, o bandido que está na cadeia, já julgado e
condenado. Jesus está naquele condenado, naquela condenada.
É mais fácil receber Jesus na Eucaristia, branquinho, um pão que vem
ao nosso ego, massageia a nossa alma! Mas é duro recebê-Lo ou
encontrá-Lo naquela carne fedida, naquela pessoa que cheira mal. É duro
recebê-Lo ou entender que Ele é aquela pessoa.
Desculpe-me, mas os padres da Igreja já nos diziam que a carne do
pobre é a carne de Cristo. O sofrimento dos mais pobres, doentes e
enfermos é o sofrimento de Jesus.
Vivenciando o ano da misericórdia, o Papa Francisco nos exorta a
colocarmos em prática as obras de misericórdia, sejam elas corporais ou
espirituais, que precisam estar encarnadas no cotidiano de nossa vida.
Não despreze ninguém, não deixe de dar atenção ao necessitado, ao
faminto, e não pense que esse seja apenas um problema governamental,
pois é um problema espiritual, é um problema de salvação e conversão.
Cabe a você se converter para os mais pobres, para os mais necessitados
da humanidade.
Deus abençoe você!
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