Só podemos ficar cheios e plenos do Espírito quando nos esvaziamos de nós e deixamos de ser tomados pela nossa mentalidade
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava” (At 2, 4).
Hoje, celebramos a Festa de Pentecostes. Mais do que a festa da
Igreja, mais do que recordarmos os dons, carismas e frutos que vêm de
uma só graça chamada Espírito Santo, a Festa de Pentecostes é a festa do
Espírito Santo, o dom revelado, a graça concedida, a dádiva que o Céu
nos deu como maior presente para nossa vida espiritual.
Amados irmãos e irmãs, o Espírito Santo não pode ser um desconhecido
no meio de nós, Ele precisa ser uma realidade cada vez mais viva e
vivida.
A primeira coisa: o Pai é uma pessoa; Jesus, o Filho do Pai, é outra
pessoa; e o Espírito é a pessoa divina que vive na comunhão, na unidade
com a Trindade Santa, com o Pai e o Filho, e nos dá a graça de sermos
filhos de Deus.
O Espírito opera em nós a santidade. Ele é santo e nos dá a comunhão
com o Pai, resgata em nós a filiação divina, dá-nos têmpera para
enfrentarmos as dificuldades, tempestades, tentações, tribulações e
tantas situações difíceis que passamos na vida. O Paráclito nos dá a
comunhão com Deus.
Muitas vezes, estamos cercados de nossa humanidade, tão cheios de
nós, que o Espírito nos dá a humildade necessária para vivermos a
comunhão com Deus, que opera na Sua Igreja dons, carismas e frutos.
Hoje, de modo especial, contemplamos a Igreja que nasce recebendo o dom do Alto, o dom do Espírito. “Todos
reunidos num só lugar, ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a
falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava” (At 2, 4).
Peçamos, primeiro, a graça de ficarmos cheios d’Ele, pois o Paráclito
nos preenche com seus dons. Como isso acontece? Só podemos ficar cheios
e plenos do Espírito quando nos esvaziamos de nós e nos deixamos de ser
tomados pela nossa mentalidade, muitas vezes, mundana, com nossas
opiniões próprias, quando nos deixamos levar por nossas ideologias e
convicções pessoais. É preciso um ‘esvaziamento’, é preciso esvaziar-se
de si para encher-se do dom e da graça do Alto!
Vamos nos abrir, vamos nos entregar e deixarmo-nos encher pelo dom do
Espírito. Ele nos dá a graça de falar novas línguas, mas a linguagem
principal que une todos aqueles que são guiados pelo Espírito é a
linguagem do amor, a linguagem universal, que toca todos os corações,
que nos mantêm unidos a Deus e aos outros!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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