Permita que Deus cure a sua história, permita-se reconhecer de onde veio e quais são as suas origens
“Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações” (Eclo 44, 1).
Hoje, celebramos São Joaquim e Sant’Ana, os avós de Jesus e pais da
Virgem Maria. Esses dois santos, Sant’Ana e São Joaquim nos dão a graça
de nos lembrarmos de nossos avós. Os avós são nossos pais em dose maior,
pois tiveram a graça de dar a vida a nossos pais, e estes nos deram
também a vida, e assim por diante.
Como devemos ser justos com nossos avós! E vou mais longe ainda:
devemos ser justos com aqueles que são nossos bisavós, tataravós e todos
os outros que vieram antes de nós. Não é simplesmente questão de
reconhecermos que o avô é bonzinho, que a avó é boazinha ou talvez
lamentar: “Nossa, mas eu nem conheci meu avô! Não conheci minha avó!”.
Devemos reconhecer a importância de nossos antepassados! Só estamos
aqui, porque eles, antes de nós, deram-nos a geração que chegou até nós.
Quando reconhecemos que buscamos a nossa história, quando damos valor
aos nossos antepassados, não vivemos uma nostalgia, uma viagem ao tempo,
ao passado; mas vivemos para dar continuidade à história, para
transformar e curar a nossa própria história!
Veja que Jesus faz questão de nos mostrar, nos dois Evangelhos, quem
são Seus antepassados. Podemos ver que, nos antepassados de Jesus, havia
uma geração boa e santa, mas também havia pecados, adultério,
prostituição, coisas negativas que aconteceram.
Por que reconhecemos nossos antepassados? Não é para jogar para cima
nem para baixo o que não se valeu, mas é para permitirmos a Deus
reconhecer a graça de quem somos, os valores que temos, os temperamentos
que carregamos e os dons que cultivamos. Aprendemos com os de nossa
casa e eles aprenderam de nossos avós, e assim por diante.
Por isso, permitamos que Deus cure a sua história, permitamo-nos
reconhecer de onde viemos e “quem” são as nossas origens. Esse é o meio
pelo qual permitirmos à graça de Deus santificar a nossa história.
Enquanto tivermos pai e mãe, procuremos saber deles quem foram nossos
avós. Não tenhamos medo de reconhecer nossa história, por mais triste
que seja, por mais complicada e difícil, por mais coisas embaraçosas que
tenham. Não é para ficarmos futricando e depois tristes, porque tivemos
isso em nossa história, mas para reconhecermos e louvarmos a Deus por
aquilo que foi bom; e para curarmos, com a graça d’Ele, aquilo que tenha
nos machucado, que não tenha sido resolvido, porque Deus faz nova todas
as coisas.
Louvado seja Deus pelos nossos avós, bisavós e antepassados!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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