Que sejamos profetas como foi João Batista. Coloquemos nossa barba de molho, vigiemos nossas ações e sejamos luz para o próximo
“Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista” (Marcos 6,25).
Celebramos, hoje, o martírio de João Batista, e essa festa têm muito a
nos ensinar. Quando olhamos o exemplo de Herodes, que se juntou ou
“pegou” Herodíades, a mulher de seu irmão, vemos um homem de cabeça
perdida e uma mulher que usa sua própria filha, que está com a cabeça
mais perdida ainda, para enfeitiçar Herodes com uma dança, e este
promete dar qualquer coisa em troca. Elas pedem a cabeça de João
Batista.
Por que pedem a cabeça de João Batista? Porque João falou a verdade,
disse que aquele comportamento não era correto, que não se devia fazer.
Herodes não tinha o direito de estar com a mulher que não lhe pertencia.
Não percamos a cabeça nem a direção da vida! Podemos, muitas vezes,
passar por momentos de fragilidades e fraquezas, mas temos de ter a
cabeça sadia, sensata, equilibrada, no ponto correto, senão deixamo-nos
enveredar pelos caminhos da vida e caímos na insensatez dos erros, dos
pecados e de tantas coisas erradas, que podem nos corromper neste mundo
que tanto nos seduz.
São muitas seduções, desde o dinheiro, o poder e o prazer. São coisas
que, quando entram na cabeça de uma pessoa, fazem com que ela se perca
nos seus valores, nas suas escolhas e opções, sobretudo no foco que a
pessoa precisa ter para com a sua vida. Não basta termos valores num dia
ou no outro, mas todos os dias precisamos nos firmar em nossos valores.
Quem está em pé precisa, de fato, cuidar para não cair. E como não
cair? Colocando o juízo, todos os dias, na nossa cabeça. Porque se
Herodes e Herodíades, sua filha e tantos outros perderam a cabeça e hoje
também a perdem, é porque tiramos de Deus a cabeça e o coração, tiramos
Ele do nosso juízo e da sensatez das nossas ações.
Que sejamos profetas como foi João Batista. Não precisamos sair por
aí acusando as pessoas dos seus erros. Precisamos, primeiro, colocar
nossa barba de molho, vigiar nossas ações, não deixarmos de ser luz e
fermento. Não podemos deixar de orientar quem precisa de orientação, de
corrigir quem está saindo do caminho correto, de mostrar a luz para quem
anda na escuridão. Muitas pessoas se perdem por falta de ajuda!
João Batista não quis condená-los, quis mostrar-lhes a verdade, mas não aceitaram e cortaram sua cabeça.
A cabeça da Igreja ou de cada um de nós pode até ser cortada, mas
queremos o bem e a verdade, e que essa verdade nos seja mostrada com
muita caridade!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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