Não podemos nos esquecer de valorizar, estimular e mostrar o valor sagrado do matrimônio, segundo o coração de Deus
“‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e
os dois serão uma só carne’? De modo que eles já não são dois, mas uma
só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe” (Mateus 19,5).
Veja a beleza, a graça da união conjugal, do matrimônio, da união do
homem com a mulher! A união só acontece quando há o desapego, quando
realmente homem e mulher deixam pai e mãe. Por mais que se amem, deixam
os pais para formar uma nova família.
Essa é a união que deve acontecer; não apenas corpórea, mas de alma e
coração, de vida e de passados que se tornarão presente. A mulher e o
homem trazem suas histórias, colocam-nas em comum para formar uma só
realidade.
Talvez algumas pessoas queiram apenas explicar que a união estável é
para saber se vai dar certo. Entretanto, Deus propõe ao homem e a mulher
a união de vida, a união plena. Ele não nos separa, quem separa ou tira
a unidade do ser humano somos nós mesmos e o mundo em que estamos.
Para Deus, o ser humano é único! A mulher é única e completa com sua
história, com seu passado, com seus sentimentos e afetos, com seu corpo e
sua mente. O homem é completo da mesma forma, com seu passado, com sua
história e seu presente, com seus sentimentos e afetos, e os dois se
unem e formam uma só realidade.
“Já não são dois.” Aqui, precisamos entender que cada um tem seu
jeito, seu temperamento e forma de pensar. A união cria um vínculo, de
modo que os dois formam uma só realidade.
Irmãos e irmãs, não podemos desmerecer nem deixar que desmereçam o
valor do matrimônio, a união do homem e a mulher. Não é uma coisa
qualquer nem descartável: “Não deu mais certo! Não gostei mais!
Cansei-me dele! Cansei-me dela!”, e vai cada um para o seu lado. Não é
assim! É toda uma vida que se uniu.
Dessa união maravilhosa vêm os frutos que são os filhos. Como
precisamos, cada vez mais, recuperar o sentido e o valor sagrado do
matrimônio!
Ninguém pode ignorar que vários fatores podem levar uma união
conjugal a não dar certo. De repente, entram em crise, não têm mais
condições de viverem juntos. Não trabalhe as exceções transformando-as
em regras.
Deus colocou a união como regra, e as exceções como aquilo que não
deu certo, que não saiu como o esperado. Vamos cuidar muito bem das
exceções, vamos dar toda atenção, todo amor, todo carinho a elas; vamos
entender a história de cada um. É preciso refazer a vida? Vamos ajudar a
refazer a vida. A Igreja vai acolher cada um com muito amor, e por mais
que o mundo queira transformar as exceções em regras, não vamos mudar a
Palavra de Deus, pois não temos o direito de fazer isso.
As pastorais que trabalham com segunda união devem trabalhar mais
ainda, a Igreja precisa ter uma atenção muito grande com todos os casos
de divorciados e separados. Só não podemos nos esquecer de valorizar, de
estimular e mostrar o valor sagrado do matrimônio, segundo o coração de
Deus.
É por falta de educação, de catequese, de estímulo e preparo que,
muitas vezes, o casamento se enfraquece. Quando nos voltarmos para a
Palavra de Deus, vamos perceber que há um desígnio, um plano e uma
bênção para a união do homem e da mulher.
Que essa bênção seja, cada vez mais, estável, linda e que cresça mais no meio de nós!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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