Deus nos escolheu para sermos santos, e é para isso que precisamos nos esforçar
“Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor” (Efésios 1, 4).
Começo com a última expressão: foi no
“amor” que o Pai nos escolheu. Antes de nos escolher, foi no amor que o
Pai nos criou à Sua imagem e semelhança.
Para que o Pai nos criou? Deus nos
fez para que fôssemos santos e irrepreensíveis, porque Ele é todo santo e
irrepreensível, e não se deixa levar por nenhum erro ou mal. É verdade
que nossa natureza ficou indisciplinada, mal inclinada e, muitas vezes,
deixamos de ser santos, não conseguimos ser puros como precisamos ser.
A graça de Deus nos purifica e nos
renova. E onde está a graça de Deus? A graça está em Cristo Jesus, Ele é
o Senhor da graça. É a renovação que nossa alma e nosso coração
precisam!
Por isso, se queremos ser santos,
isso é muito importante: santidade é uma escolha, uma opção, uma decisão
de luta, de empenho e entrega à vontade de Deus. Não é aquela
preocupação de ser o “santo do altar”, como foi São Francisco, São
Paulo, Santo Inácio de Loyola e tantos outros santos que a Igreja e o
povo canonizaram e aclamaram.
Sejamos santos na medida em que
podemos e devemos ser santos. Um pai santo, uma mãe santa, um padre
santo, um jovem santo, uma moça santa. Isso não é beatice, pelo
contrário, é apenas corresponder à graça que um dia fomos chamados a
ter, aquela mesma graça que recebemos em nosso batismo.
Não podemos fazer da santidade uma
questão de brincadeira, não podemos ficar tirando sarro, menosprezando
as pessoas que procuram ser virtuosas, crescerem na oração, na piedade e
na vontade de Deus, porque isso é obrigação de todos nós.
É verdade que a santidade não é
simplesmente levar uma vida beatíssima, em altíssimo grau de oração.
Ainda que seja imprescindível para que a graça da santidade cresça em
nós. A via da oração é a via de união e comunhão com Jesus, é a via pela
qual o Espírito age e nos liberta!
A santidade precisa ser vivida nos
atos, nos gestos e atitudes. Há santidade no querer fazer o bem aos
outros, há também a santidade daqueles que rezam muito e fazem tanto mal
aos outros. Isso não é santidade! Há outros que falam e escutam a Deus,
têm diálogos intermináveis com Ele, mas não sabem dialogar com o
próximo, na sua casa, não sabem ouvir a pessoa do outro… isso também não
é santidade.
Santidade é ser justo, é saber dar a
Deus o que é d’Ele. É saber tratar com amor, com ternura e com muito
respeito o seu próximo!
Deus quer e Sua graça em nós age para
que sejamos santos. Foi para isso que Deus nos escolheu e é para isso
que precisamos nos esforçar! Para este grande empreendimento divino de
nos fazermos, de fato, à imagem e semelhança desse Deus que é santo e
irrepreensível.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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