Precisamos lutar pela nossa vida e pela vida de todos! Não podemos expor nossa vida à morte
“Herodes mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo” (Mateus 2, 16).
Herodes, o maldoso, o perverso, queria matar Jesus. Na verdade,
queria eliminar a criança que havia nascido de Maria e José. Seus planos
perversos não se cumpriram, ele não conseguiu chegar a tempo para pegar
Jesus e eliminá-Lo já no Seu nascimento.
Ele foi mais perverso ainda, porque mandou matar todas as crianças do
sexo masculino, de dois anos para baixo, que viviam em Belém e nos
territórios vizinhos.
Crianças que foram martirizadas, que derramaram seu sangue por causa
de Jesus. Não que o Senhor quisesse ou quer que alguma criança morra,
mas a perversidade humana chega a esse ponto.
Hoje, celebramos essas crianças como santas – como todas são –, e
todas as crianças que, muitas vezes, já nascem mortas ou estão no ventre
da mãe, mas não conseguem se desenvolver, ou até aquelas que são
abortadas, porque o pai, a mãe e a sociedade a rejeitaram, pois
causariam algum incômodo. Seja porque não esperavam que aquela criança
nascesse ou porque ela tem alguma deficiência. Infelizmente, chamamos o
ato de Herodes de perversidade, mas também devemos chamar de
perversidade todos os atentados contra a vida.
Celebrar o Natal é celebrar a vida no sentido mais pleno que ela tem.
Nós refletimos sobre a vida na homilia de ontem; hoje, estamos aqui
para manifestar a Palavra de Deus e denunciar profeticamente tudo aquilo
que é um atentando contra a vida, desde o momento que ela é concebida
até seu instante final.
Estamos deixando que a sociedade faça o que quer com a vida humana,
desde o aborto, à eutanásia e outras implicações que encurtam e tiram a
vida humana de forma tão desproporcional e desumana.
Precisamos realmente dizer que Jesus veio para que todos tenham vida
em abundância! Primeiro, porque a vida que Deus trouxe é para todos, e
temos que nos preocupar não só com nossa saúde, pois saúde é direito de
todos, é uma necessidade para toda humanidade, para todos os filhos e
filhas de Deus.
Deus não está contente com as filas nos hospitais que não cuidam de
nossos doentes. Não está satisfeito quando uma criança morre de forma
indesejada, quando morre por falta de cuidado. Deus não é nem um pouco
feliz com os desastres que acontecem na própria natureza, com os
acidentes que acontecem nas estradas da vida e assim por diante.
Meus irmãos e irmãs, não podemos ter uma atitude passiva e dizer:
“Era a vontade de Deus! Chegou o dia da pessoa!”. Isso é conformismo
barato, é simplesmente deixar que a morte esteja agindo no meio de nós,
provocando desastres. É óbvio que chega o dia de uma pessoa morrer, é
óbvio que a luta não é suficiente para salvar uma vida ou já valeu
aquela luta até aquele instante. Já valeu a luta da mãe que rezou, do
pai que brigou e que foi atrás, que fez tudo o que era possível.
Não podemos ter uma atitude passiva, deixar a “deus-dará” e
simplesmente não lutarmos pela vida. O nosso Deus lutou para viver, os
anjos agiram para que Ele não morresse ainda criança, porque Ele tinha
muito o que fazer na vida.
Precisamos lutar pela nossa vida e pela vida de todos! Não podemos
expor nossa vida à morte, não podemos dispô-la às tragédias deste mundo,
mas a vida deve ser vivida com equilíbrio e sobriedade. Temos de lutar,
para que nossa vida seja mais plena e bem vivida!
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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