Conselhos de monsenhor Jonas sobre como ter fé e colocá-la em prática
Baseado na história de Ana, mãe de Samuel, monsenhor Jonas Abib aconselha sobre como ter fé e colocá-la em prática.
“Ana, cheia de amargura, em profusão de lágrimas, orou ao Senhor.
Como ela se demorasse nas preces diante do Senhor, Eli observava o
movimento de seus lábios. Ana apenas murmurava: seus lábios se moviam,
mas não se ouvia sua voz. Eli julgou que ela estivesse embriagada. Por
isso lhe disse: “Até quando estarás bêbada? Cura esse bebedeira!” Ana,
porém, respondeu: “Não é isso, meu senhor! Sou apenas uma mulher muito
infeliz; não bebi vinho nem bebida forte, mas derramarei a minha alma na
presença do Senhor. Não consideres tua serva uma mulher perdida, pois
foi por minha excessiva dor e aflição que falei até agora”. Eli então
lhe disse: “Vai em paz, e que o Deus de Israel te conceda e o que lhe
pediste” (1Sm 1,10-12-17).
Muito pior do que a esterilidade física é a esterilidade espiritual de nossa fé. O pecado, o mundo, o demônio conseguiram fazer de nós homens e mulheres estéreis na fé e na confiança em Deus.
É preciso, assim como Ana, derramar nosso coração diante do Senhor.
Infelizmente, somos homens e mulheres de pouca fé. Quando gastamos
apenas um pouco de energia para pedir, já nos cansamos e desanimamos.
Dizemos que é impossível e “entregamos os pontos”. Rezamos um
“pouquinho” e, com isso, achamos que rezamos muito. É como numa corrida:
o corredor precisa ter força nas pernas não somente na descida; ele
precisa continuar com firmeza e agilidade, no mesmo ritmo, também na
subida. Vence aquele que não arrefece e conserva o ritmo até a chegada.
Todo cristão precisa de firmeza, pois o mundo se tornou um deserto de fé e amor.
Depois de Pentecostes, os apóstolos pregavam, e as pessoas se
convertiam e recebiam o derramamento do Espírito Santo. O número de
cristãos cresceu de tal forma que somente os apóstolos não eram em
número suficiente para atendê-los. Surgiram os diáconos, dentre os quais
Estêvão.
O ardor e a força da convicção de Estêvão eram tamanhos que abalaram
as estruturas do sinédrio. Por causa disso, muitas pessoas tinham raiva
dele. Condenaram-no e o martirizaram a pedradas, para que não pudesse
mais falar. Saulo foi quem carregou o manto daqueles que o apedrejaram. A
revanche de Deus foi muito maior: o que Estêvão não falou, Paulo falou e
fez.
Ninguém pode nos calar diante de nosso testemunho. Nós, cristãos, precisamos reagir. Portanto, proclamemos que Jesus Cristo é o Senhor!
Os apóstolos também sofreram muitas perseguições. Depois de terem
sido presos, Pedro, João e os demais apóstolos foram proibidos de pregar
em nome de Jesus e realizar milagres. Ao voltar para a comunidade, no
entanto, em vez de estarem temerosos e receosos, todos oravam.
“Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem e concede que os teus
servos anunciem corajosamente a tua palavra. Estende a mão para que se
realizem curas, sinais e prodígios por meio do nome do teu santo servo
Jesus” (At 4,29-30).
É assim que o Senhor prepara Seus valentes guerreiros. Ontem eram
Pedro, João Estêvão e Paulo. Hoje, somos você e eu. O método é o mesmo: o Senhor põe diante de nós situações concretas nas quais precisamos pôr nossa fé em ação.
Oração:
Não estranhe se as situações são difíceis,isso acontece porque você
precisa de um treinamento mais firme de fé. Peça essa graça ao Senhor.
“Senhor, eu preciso ser uma pessoa de fé, preciso
crescer na oração e orar sem cessar, com fé diante do impossível,
sabendo que nada é impossível para o Senhor e tudo é possível para
aquele que crê. Preciso orar sabendo que tudo pode ser mudado pela
oração. Senhor, preciso ser uma pessoa de oração, fé, convicção e
determinação em Ti. Muda minha mente, meu coração, minhas atitudes de
oração. Renuncio a toda incredulidade e impiedade. Liberta-me pelo Seu
Espírito; não posso e não quero permanecer estéril. Preciso desse
milagre. Pelo Seu Espírito Santo, renova-me, restaura-me. Que a
fecundidade da oração volte a mim e que a esterilidade não permaneça na
minha vida, Senhor. Amém!”
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