53 anos. Esta é a diferença de idade
entre o dom José Maria Pires, 98 anos, bispo emérito da Paraíba (PB) e
dom Geovane Luís da Silva, 45 anos, bispo auxiliar de Belo Horizonte
(MG). Em um encontro de gerações entre o mais idoso e o mais jovem bispo
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil presentes na 55ª
Assembleia Geral eles se saúdam e se acolhem, apontando os desafios de
ser bispo na Igreja no Brasil.
Dom José Maria, cuja ordenação episcopal
foi em 22 de setembro de 1957, acolhe dom Geovane Luís e todos novos
bispos, desafiando-os a ser não os bispos que mandam, mas os que
orientam e caminham junto ao povo. Segundo o mais idoso bispo emérito
presente na 55ª Assembleia Geral, a Igreja e os bispos não podem estar
separados do mundo. “É necessário caminhar e sofrer as dores do povo”,
disse.
A primeira palavra do bispo auxiliar de
Belo Horizonte, ordenado 25 de março de 2017, aos bispos eméritos do
Brasil é de gratidão. “Muita gratidão aos irmãos bispos eméritos que nos
precederam no anúncio da Boa Nova e na formação de comunidades
cristãs”.
Estes, para o dom Geovane, ainda hoje
mantém acesa no coração a chama da esperança e oferecem à Igreja o
testemunho da fé e do amor aos mais sofridos. “Eles são fragmentos vivos
do Evangelho”, disse o mais novo pastor.
Natural de Córregos (MG), dom José Maria
foi ordenado padre em 20 de dezembro de 1941, em Diamantina (MG). Como
bispo, foi presidente da Comissão Episcopal do Nordeste 2. Entre outros,
é autor do livro “Do Centro para a Margem”, da editora Vozes, entre
outros.
Dom Geovane Luis nasceu em Barbacena
(MG), em 21 de junho de 1971. Entre outras funções, foi pároco da
paróquia e Santuário de Nossa Senhora da Piedade, nesta mesma cidade,
professor de Teologia Sacramental, formador no seminário São José em
Mariana (MG). Também participou da comissão do processo de beatificação
de dom Antônio Ferreira Viçoso, Isabel Cristina Campos e de dom Luciano
Mendes de Almeida.
Foto: Maurício Sant’ana
Fonte: CNBB net
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