Conheça a importância do sinal da cruz para o cristão
O sacrifício de Jesus Cristo é o sinal maior do amor de Deus por nós.
Para que pudéssemos nos ver livres do pecado, Aquele que viveu livre
dele foi condenado e crucificado, e, em Seu sacrifício, traçou sobre o
mundo o sinal da cruz. Nas Palavras do Papa Francisco, “a cruz de Jesus é
a nossa única esperança verdadeira! Eis por que a Igreja ‘exalta’ a
santa cruz, e eis por que nós cristãos abençoamos com o sinal da cruz”.
Podemos ler, nos Evangelhos de Lucas e Mateus, o convite dirigido a nós
por Jesus: “Negue-se a si mesmo, tome a sua cruz” (Mt 16,24 e Lc 923).
Traçar sobre nosso corpo esse sinal é professar nossa fé sem palavras.
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Em que momentos podemos ou devemos fazer o sinal da cruz?
Na celebração da Santa Missa, em observância ao rito litúrgico, há
momentos em que o sinal da cruz se apresenta como obrigatório, como se
faz no início e ao fim da celebração. Também é traçado o sinal da cruz
em reverência à leitura do Evangelho, com o polegar da mão direita,
sobre si mesmo, na testa, na boca e no peito. Nesses momentos, ao traçar
sobre o corpo o sinal da cruz, que se faça com a devida devoção, eis
que é na sagrada liturgia que se opera a santificação dos homens e na
qual, por meio de sinais sensíveis, prestamos o culto público de Deus. E
a todo momento, em nosso cotidiano, ao professar a fé pelo sinal da
cruz, lembremo-nos das palavras de São Paulo: “De fato, Cristo não me
enviou para batizar, mas para anunciar o Evangelho, sem recorrer à
sabedoria da linguagem, a fim de que não se torne inútil a cruz de
Cristo, pois a linguagem da cruz é louca para aqueles que se perdem. Mas
para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor 1,17-18).
Professar a fé sem palavras é expressão sutil e humilde de devoção e
não deve ser empregue sem a adequada veneração, sob o risco de fazê-lo
de modo supersticioso. Com efeito, não há obrigatoriedade em traçar o
sinal da cruz ao passar por uma igreja, o que não diminui seu
significado. É que, no Cerimonial dos Bispos, no número 110, verifica-se
a citação de uma antiga prática cristã no uso da água benta, que diz:
“Seguindo louvável costume, todos, ao entrar na igreja, molham a mão na
água benta, contida na respectiva pia, e fazem com ela o sinal da cruz,
como recordação do seu próprio batismo”. Daí, verifica-se o costume de
muitas pessoas em traçar o sinal da cruz ao entrar na igreja, que, em
sinal de respeito e devoção, foi se estendendo para o exterior do
templo, até que tomou a forma que vemos muitos cristãos praticarem
atualmente, de traçar sobre si o sinal da cruz ao passar na frente de
uma igreja.
Faça o sinal da cruz
Certos de que a força de Deus nos acompanha em nossas provações
diárias, façamos do sinal da cruz um gesto de fortalecimento e profissão
de fé, atentos para que sempre que o traçarmos, seja com o coração
repleto de devoção. Como nos ensina o Santo Papa João Paulo II: “Quem
quer que seja que acolha Deus em Cristo, acolhe-O mediante a cruz. E
quem acolheu Deus em Cristo, exprime isso mesmo mediante esse sinal:
quem O aceitou, efetivamente, benze-se com o sinal da cruz sobre a
fronte, sobre os ombros e sobre o peito, para manifestar e para
professar que, na cruz, encontra-se de novo totalmente a si mesmo, alma e
corpo, e que com este sinal abraça e aperta ao peito Cristo e o seu
reino”.
REFERÊNCIAS
A BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. 86 ed. São Paulo: Paulus. 2012.
PAPA FRANCISCO. Angelus. 14 set. 2014. Disponível em:
<http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/2014/documents/papa-francesco_angelus_20140914.pdf>
PAPA JOÃO PAULO II. Palavras no final da via-sacra. 4 abr. 1980.
Disponível em: <
http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/speeches/1980/april/documents/hf_jp-ii_spe_19800404_via-crucis.html>
SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO. Cerimonial dos Bispos. Cerimonial da Igreja.
Fonte: Canção Nova
0 comentários:
Postar um comentário