O uso de drogas, apesar das sensações de prazer e alívio proporcionadas, sempre resulta em consequências negativas
Sabemos que este é um dos maiores problemas
do mundo moderno. E quando falamos mundo, não estamos usando só uma
“força de expressão” para evidenciar ainda mais o problema. De fato, o
mundo todo está sofrendo as terríveis consequências desse problema,
diante do qual surgem muitos questionamentos e algumas pistas de
solução.
Foto: Wesley Almeida / cancaonova.com
A dependência química é a oitava causa de solicitação de internação
hospitalar, revela a Organização Mundial da Saúde (OMS). É catalogada
pela OMS como doença fatal e primária, ou seja, não decorrente de
nenhuma outra. Apenas um pequeno número de dependentes tenta e consegue
deixar as drogas permanentemente.
O uso de drogas, apesar das sensações de prazer
e alívio proporcionadas, sempre resulta em consequências negativas. O
dependente químico é escravo da droga. Apesar do esforço da medicina,
não existe fórmula mágica para tratar a dependência química. Por isso, é
preciso que a pessoa queira mudar de vida e esteja disposta a deixar as
drogas. Essa decisão é pessoal, porém, nem sempre é fácil.
O uso de drogas é uma tentativa de não sentir a dor existencial, uma
maneira de não pensar, de não sofrer. É fuga! Para se livrar deste mundo
terrível, é preciso aprender a esperar, a abrir mão do desejo, a ter
autodisciplina, a pedir ajuda, a melhorar a autoestima e
a modificar o vocabulário para evitar a apologia às drogas, além de se
afastar dos ambientes que estimulam o uso. O dependente químico volta a
usar drogas quando, consciente ou inconsciente, não consegue criar novas
saídas em situações de crise, seja em momentos de triunfo ou de
fracasso. Por isso, é preciso aprender a trabalhar para descobrir novas
possibilidades de existir fora da droga.
A importância de confiar no outro
O primeiro e principal sintoma da dependência é a negação (o usuário
nunca assume que é dependente). Daí, a necessidade de quebrar os
mecanismos de defesa. O dependente precisa concluir que é impotente
diante da droga e que sua vida se tornou ingovernável. Esse é o primeiro
momento para a cura.
A partir daí, é preciso estimular essa decisão e ajudar no empenho pela
mudança. Nesse processo, é muito importante compartilhar a vida com
alguém de extrema confiança. Para o dependente, é muito difícil confiar
em alguém, pois não confia nem em si mesmo.
Entre os muitos questionamentos que nos fazem, destacamos:
Por que os jovens se drogam?
Que mecanismos são acionados em sua vida para que se inclinem ao vício?
Que forças interiores se juntam para levar o dependente químico a essa condição?
Apresentamos algumas tentativas de respostas:
A curiosidade, a pressão do grupo, a satisfação, o vazio espiritual, a
fuga do sofrimento, falsa liberdade, dependência e a escravidão.
Leia mais:
.: Como ajudar um dependente químico
.: Segunda fase na recuperação da dependência química
.: 3ª fase: Trilhar um plano para deixar a dependência química
O que antes significava liberdade agora é escravidão. O usuário
torna-se prisioneiro da droga, e esta é um feitor tirano. No entanto, a
partir da nossa experiência, e também de muitos estudos modernos, o que
na verdade o dependente químico está procurando é acabar com a rotina
quotidiana, e mesmo sem saber, voltar-se para o infinito. Como já
afirmamos, a dependência química é a expressão permanente da busca
inconsciente de Deus.
(Trecho extraído do livro “Jovens Sarados” de Pe. Léo, scj)
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