Papa intercedeu pela paz na Síria
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Neste segundo domingo da Quaresma, 25, o
Papa Francisco esteve com os peregrinos na Praça de São Pedro e convidou
os fieis a meditar sobre a Transfiguração de Jesus.
O Pontífice lembrou que o anúncio de
Jesus sobre a rejeição que iria sofrer desafiou Pedro e os discípulos
que não aceitaram que o Senhor seria morto.
“Eles, de fato, aguardavam um Messias
poderoso, forte e dominador, mas, em vez disso, Jesus apareceu como
humilde, manso, servo de Deus, servo dos homens, que deve sacrificar sua
vida, passando pelo caminho da perseguição, do sofrimento e da morte.
Mas como poderiam seguir um Mestre e Messias, cuja vida terrena
terminaria assim?”
O Papa reforçou que nesta hora os
discípulos pensaram neles, e a resposta veio precisamente na
Transfiguração. “É uma aparição da Páscoa adiantada.”
Jesus levou consigo os três discípulos
Pedro, Tiago e João e “levou-os a uma montanha alta” (Mc 9,2); e ali,
por um momento, mostrou-lhes a sua glória, a glória do Filho de Deus.
Este evento da transfiguração permitiu, segundo o Papa, aos discípulos
enfrentarem a paixão de Jesus de forma positiva, sem serem dominados.
Eles viram isso como seria depois da paixão, glorioso. E assim Jesus os
prepara para julgamento.
“A transfiguração ajuda os discípulos e a
todo o povo de Deus também a entender que a paixão de Cristo é um
mistério do sofrimento, mas é acima de tudo um dom de amor, de amor
infinito por parte de Jesus.”
Francisco lembrou que os discípulos foram
chamados a seguir o Mestre com confiança, com esperança, apesar de sua
morte. E também reforçou a importância de Nossa Senhora, que como
criatura humana também estava transfigurada interiormente pela Graça de
Cristo.
“Confiamos na sua ajuda materna para continuar a jornada da Quaresma com fé e generosidade.”
Intercessão
Ao final do Ângelus, o Papa disse estar
unido à Síria, “amada e atormentada”, onde a guerra se intensificou,
especialmente no leste de Ghouta.
Este mês de fevereiro foi um dos mais
violentos em sete anos de conflito: centenas, milhares de vítimas civis,
crianças, mulheres, idosos; os hospitais foram atingidos e as pessoas
não conseguem comida.
“Irmãos e irmãs, tudo isso é desumano.
Não se pode lutar contra o mal com outro mal. E a guerra é ruim. Por
isso, dirijo o meu sincero apelo à cessação imediata da violência, tanto
o acesso à ajuda humanitária – alimentos e remédios – quanto os feridos
e doentes são evacuados. Vamos orar a Deus juntos, que isso aconteça
imediatamente.”
Fonte: Canção Nova
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