O Papa Francisco completou nesta terça-feira, 13, cinco anos de pontificado. Cardeal Mario Bergoglio foi eleito papa no dia 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI, no segundo dia de Conclave, escolhendo o nome de Francisco. Foi o primeiro Jesuíta a se tornar Papa. Ao ser eleito, na Capela Sistina, perguntaram a Bergoglio se aceitava. E ele disse: “Eu sou um grande pecador. Mas, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito”.
O nome do escolhido pelos 115 cardeais foi anunciado pelo mais velho
dos cardeais-diáconos, o francês Jean-Louis Tauran. A decisão
surpreendeu, pois o argentino não aparecia nas últimas listas de
favoritos, que incluíam o brasileiro Dom Odilo Scherer e o italiano
Angelo Scola.
Padre Joãozinho, SCJ, traduziu o último livro do Papa Francisco para o
português, “Deus é Jovem” e comenta a eleição do Pontífice:
“Conhecendo Dom Bergoglio como Arcebispo de Buenos Aires, um homem
combativo, jesuíta, a primeira impressão que eu tive é de que seria um
Papa ‘linha dura’, mas aos poucos aquele homem cheio de vigor foi
mostrando que tinha também a ternura. Certamente isso foi também uma
graça de estado que ele recebeu. Porque antes, ele era o terror dos
jornalistas, e depois se tornou praticamente um homem fotogênico. Isso
não é populismo, mas uma graça de estado, pois ele pediu isso quando se
tornou Papa.”
O sacerdote lembra que o Papa surpreendeu o mundo pois poucos sabiam quem ele era.
“Hoje vivemos a comemoração desses cinco anos, cinco anos de um Papa que conquistou o coração da humanidade, o coração dos jovens, das crianças e dos idosos. Disse coisas como ‘É preciso fazer a revolução da ternura’, ‘a civilização do encontro’, lançou depois de nove meses de pontificado a Evangelii Gaudium, de um sínodo que havia sido conduzido por Bento XVI, em que pedia uma Igreja em saída, missionária, ‘com os pés sujos da lama do mundo’.”
“Hoje vivemos a comemoração desses cinco anos, cinco anos de um Papa que conquistou o coração da humanidade, o coração dos jovens, das crianças e dos idosos. Disse coisas como ‘É preciso fazer a revolução da ternura’, ‘a civilização do encontro’, lançou depois de nove meses de pontificado a Evangelii Gaudium, de um sínodo que havia sido conduzido por Bento XVI, em que pedia uma Igreja em saída, missionária, ‘com os pés sujos da lama do mundo’.”
Balanço do Pontificado
Nestes cinco anos, Francisco têm ensinado aos fiéis a serem Igreja em
saída, através da cultura do encontro, em direção a quem mais necessita.
Também têm se esmerado em contribuir com o diálogo inter-religioso.
Neste período, foram lançadas duas Encíclicas: Lumen Fidei (2013) e Laudato Si (2015),
que trata do cuidado com a Casa Comum, preocupação de Francisco com o
Meio Ambiente. Também duas Exortações Apostólicas foram escritas pelo
pontífice: Evangelii Gaudium (2013) e Amoris Laetitia (2016).
O Papa esteve presente em duas Jornadas Mundiais da Juventude, a
primeira no Brasil, sua primeira viagem internacional, de 23 a 29 de
julho de 2013, logo após se tornar Papa; a segunda na Polônia,
terra de João Paulo II, em 2016. Também foi ao VIII Encontro Mundial
das Famílias, que aconteceu em setembro de 2015, na Filadélfia, EUA. Ao
todo, em seu pontificado, Francisco já visitou os fiéis em 31 países.
Somente na América Latina, esteve no Brasil, Equador, Bolívia, Paraguai,
Colômbia, Chile e Peru.
A vivência do Ano Santo da Misericórdia (2015-2016) foi uma experiência
extraordinária para toda a Igreja. Ao se completarem mil dias de
pontificado, iniciou-se o Jubileu da Misericórdia, o 29º da história da
Igreja.
Presente e Futuro
Para o sacerdote, este último ano do Pontificado é o momento de falar
sobre a juventude, e prova disso é o lançamento no próximo dia 20 do
livro de um Papa de mais de 80 anos que responde aos questionamentos que
todo jovem gostaria de fazer.
Na visão de Padre Joãozinho, os próximos anos de pontificado certamente trarão surpresas:
“O Papa Francisco se reinventa. Está propondo ao mundo uma revolução da
ternura. Não é um Papa que somente quer reformar a Igreja, a Cúria
Romana. Ele quer modificar o mundo e sugere uma revolução da ternura que
passe pelos jovens, pelos idosos, pelas duas pontas descartadas da
sociedade. Francisco diz que se essas duas pontas se aliarem, modificam o
mundo. Para mim os próximos anos vão nos surpreender, porque ele é um
homem guiado por Deus, é um profeta, sonhador.”
Biografia
Jorge Mario Bergoglio, nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de
dezembro de 1936, em uma família de imigrantes italianos de
Genova.Formou-se em química na Universidade de Buenos Aires. Ainda jovem
teve problema respiratório que o levou a perder um pulmão.
Não obstante, Bergoglio entrou para a Companhia de Jesus, onde fez o
noviciado em março de 1958 e o Juniorato em Santiago do Chile. Ao
concluir a Teologia, recebeu a ordenação sacerdotal em 13 de dezembro de
1969.
Com a sua ordenação, Bergoglio emitiu seus últimos votos na Companhia
de Jesus, em 1973, ano em que foi nomeado Mestre de Noviços, em San
Miguel. No mesmo ano, foi eleito Provincial dos Jesuítas, na Argentina.
Em 20 de maio de 1992, foi nomeado Bispo de Auca e auxiliar de Buenos
Aires. Em fevereiro de 1998, tornou-se arcebispo de Buenos Aires,
sucedendo a Dom Antonio Quarracino. Em fevereiro de 2001, foi criado
Cardeal pelo Papa João Paulo II. Em 2005, foi tornou-se presidente da
Conferência Episcopal da Argentina, cargo que ocupou até 2011.
Fonte: Canção Nova
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