Somente o trigo tem lugar no Reino dos Céus

terça-feira, 31 de julho de 2018

 

Não há lugar, no Reino de Deus, para quem não se converte de qualquer maldade, erro ou pecado

“O Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal” (Mateus 13,41).

Na explicação que Jesus nos dá sobre a parábola do joio e do trigo, Ele faz uma distinção muito clara, explicando quem é o maligno, quem é o joio e quem é o trigo. Chama-me à atenção que a colheita final é no fim dos tempos, no fim do mundo, no julgamento final, quando Deus vai enviar os seus anjos.
Os anjos são mensageiros, estão a serviço do Reino de Deus, e eles separarão os homens uns dos outros. Qual é o critério de separação? O critério é muito claro: no Reino de Deus não tem lugar para aqueles que fazem os outros pecarem e praticam o mal.
Praticar o mal e permitir maldades é tudo aquilo que se opõe ao bem e à bondade, é permitir que as atitudes maldosas sejam praticadas. Não podemos nos deter apenas às grandes maldades conhecidas, divulgadas e espalhadas por aí. Há muitas maldades, sejam elas pequenas, mas que acontecem entre nós. O nosso egoísmo, o nosso individualismo são uma maldade. Não se importar com o outro nem com sofrimento dele é uma maldade. Pensar só em si, nas suas coisas é uma maldade, e há várias espécies e categorias de maldades.
O problema é que olhamos pelo espelho do retrovisor e só enxergamos a maldade do outro. Quando olhamos o espelho pela frente, que é o espelho da vida e da graça, conhecemo-nos por dentro e vemos as rugas que estão escondidas, mas as maldades estão nos nossos pensamentos e sentimentos precisam vir para fora para serem purificadas.
Não adianta esconder as nossas maldades e apontar apenas a maldade dos outros, porque os anjos virão para recolher quem não se converteu da maldade, o joio que ficou joio e não se transformou em trigo. Os anjos virão para tirar do Reino os que praticam o mal e ainda ensinam os outros a pecar, porque, além de pecar, ainda colocam outros para fazer o que é errado.
Eu vejo muitas pessoas ensinando a fazer falcatruas, a praticar o que é incorreto, a envolver outros. A pessoa, além de fazer o que é errado, ainda ensina outros a fazer. Não há lugar no Reino de Deus para quem não se converte de qualquer maldade, erro ou pecado, sobretudo do mal de ensinar os outros a fazerem o que é errado.
Deus nos quer trigo, e somente o trigo tem lugar no Reino dos Céus, se convertido, mudado e transformado.

Deus abençoe você!

Deixemos a semente da Palavra produzir frutos em nossa vida

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Semeemos e deixemos a semente crescer, e ela produzirá muitos frutos na nossa vida

“O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas” (Mateus 13,31-32).

Que beleza encararmos a Palavra de Deus como uma semente pequena, aos olhos humanos até insignificante, porque o que é significante conseguimos ver.
A Palavra de Deus, muitas vezes, não é enxergada nem tem importância, ela fica entre outras sementes; e como ela é pequena, fica escondida, guardada ou até desprezada, porque àquilo que é pequeno e insignificante não damos valor.
Quando descobrimos que aquela semente pode fazer toda a diferença, deixamos as outras de lado, porque, quando essa cresce, ela se torna maior do que todas as outras hortaliças ou plantas que cresceram com as sementes que semeamos ao longo da vida. No fim de tudo, o que vai importar é aquilo que Palavra de Deus realiza em nós.
Quando digo “fim de tudo”, não me refiro ao fim da vida, mas sim a quando olhamos para o nosso presente e vemos: “O que fez diferença em mim foi aquilo que cresceu de Deus em minha vida e no meu coração”.
Não deixemos o Reino de Deus ficar pequeno, insignificante em nossa vida. Demos valor à Palavra de Deus, permitamos que ela cresça, apareça, e ela se tornará a maior de todas as plantações da nossa vida, ela se tornará a planta mais importante do nosso coração. Passamos a vida semeando e plantando, há plantações que colhemos e não dão em nada, perdemos tempo, dinheiro e esforço; gastamos tudo de nós e nos tornamos depois desgastados.
Ninguém que semeia no Reino colhe frustração ou decepção, quem semeia o Reino de Deus colhe Deus na sua vida e no seu coração. Semeemos e deixemos essa semente crescer, e ela produzirá muitos frutos.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

A Palavra de Deus produz frutos em nossa vida

sexta-feira, 27 de julho de 2018

 

Precisamos deixar que a Palavra cresça em nós, pois se não a deixarmos crescer, não colheremos os frutos

“Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho (Mateus 13,19).

Escute, com bastante atenção, o Evangelho de hoje, porque, na verdade, é a explicação da parábola da semente da Palavra de Deus. Esta é semeada em nossos corações por diversos meios: na liturgia, na Missa, nos sacramentos, nas redes sociais, por meio dos aplicativos, nos meios de comunicação, nas rádios.
De que forma essa Palavra cai em nosso coração, e precisamos parar para nos revisarmos? Muitas vezes, a Palavra é semeada e nós a escutamos, mas não a compreendemos. Em vez de procurarmos compreendê-la, meditá-la, ruminá-la, deixar que Deus fale ao nosso coração, ficamos na incompreensão, paramos nas dificuldades, e o maligno, de forma astuta, rouba a Palavra do nosso coração.
Ele rouba a Palavra de Deus do nosso coração, sobretudo, porque somos pessoas distraídas, desatentas ou o foco da nossa atenção não se volta inteiramente para a Palavra, mas para outras preocupações. Até recebemos a Palavra com alegria, mas é como diz o Evangelho: “quando chega o sofrimento, a perseguição, nós logo desanimamos, perdemos o vigor, a força que nos movia” (cf. Mateus 13,21), mas o pior é quando a Palavra cai em nosso coração e, movidos pelas ilusões do mundo, iludidos pelo prazeres da vida, deixamos que a Palavra seja sufocada.
A Palavra sufocada não cresce e a semente sufocada não dá frutos. Por que a Palavra de Deus não produz frutos em nossa vida em muitas situações? Porque ela não é acolhida com a devida estima, consideração e atenção que precisa ser.
Se quisermos ser transformados por Deus, a Palavra d’Ele, pequena, cresce e tem o poder de transformar. Precisamos deixar que ela cresça em nós, pois se não a deixarmos crescer, não vamos colher os frutos, para que a nossa vida seja transformada.
Peça: “Senhor, abra o meu coração, a minha mente e compreensão, para que a Tua Palavra cresça em mim e produza muitos frutos”.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

Os nossos antepassados representam a nossa história de vida

quinta-feira, 26 de julho de 2018

 

Que Deus misericordioso abençoe a vida de cada um de nós, de nossos avós e todos os nossos antepassados

Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações” (Eclo 44,1).

Hoje, celebramos São Joaquim e Sant’Ana, avós de Jesus e pais da Virgem Maria. Ao celebrarmos Sant’Ana e São Joaquim, estamos celebrando também os nossos avós. Eles são nossos antepassados, porque, aqui, não incluímos somente os avós, mas os nossos bisavós, tataravós e toda a linhagem que perpetuou e chegou até nós, a importância que eles têm.
Não elimine o seu passado, pois ele se faz presente em sua vida. Se os seus avós estão vivos, não se esqueça de correr para o colo deles e buscar a sabedoria, para beijar as mãos deles e ver neles a continuidade da história na sua vida.

Quanto mais conhecemos o nosso passado, melhor vivemos o presente e podemos projetar o futuro. Recordamos o passado não para ficarmos lamentando e lamuriando, mas para permitirmos que Deus cure a nossa própria história por meio da nossa história de salvação. Os nossos antepassados representam a nossa história de vida.

Nossa história de vida não começou no dia em que nascemos ou quando fomos gerados no ventre de nossa mãe, mas sim com nossos pais, avós, bisavós e assim por diante.

Eu faço questão de saber de onde vim, de que lugar da África vieram os meus antepassados. Tudo isso é muito importante para eu me conhecer melhor, para entender os conceitos, para entender a vida que eu levo, o meu temperamento e a minha própria história. Eu não conheço a história para recriminá-la, eu reconheço a história para transformá-la. Sou a continuidade que precisa seguir adiante ou sou a continuidade que precisa transformar e mudar o rumo da história. Eu não posso negá-la, preciso assumi-la. 

Os avós estão aí, justamente, para nos dar essa graça. Por isso, a importância de Sant’Ana e Joaquim, os avós de Jesus. Quero, hoje, suplicar que o Deus misericordioso abençoe a vida de cada um de nós e abençoe os nossos avós e todos aqueles que fizeram e fazem parte da nossa história, que são os antepassados. Os que estão vivos, celebremos com eles a vida; os que já partiram para a eternidade, celebremos mais intensamente, porque eles fazem parte do festim eterno.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

O apóstolo de Deus deve levar o Evangelho ao próximo

quarta-feira, 25 de julho de 2018


Precisamos semear o Evangelho, porque esse é o papel do apóstolo: evangelizar e semear o Evangelho que recebeu no seu coração

“Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós”(2 Cor 4,7).
Celebramos, hoje, o apóstolo São Tiago. O Tiago que celebramos, hoje, é irmão de João evangelista, e todos eles eram próximos de Jesus nos primeiros chamados para o seguimento do Mestre. Sempre que Jesus realizava coisas mais íntimas, convidava os três: Pedro, Tiago e João.
Quando celebramos os seguidores de Jesus, a Palavra que vem ao nosso encontro é essa que Paulo dirige aos Coríntios:“Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós”.
O apóstolo é revestido da fragilidade humana, ele reconhece a sua fraqueza, e tudo que ele faz e prega não é dele, mas de Deus. O apóstolo é instrumento do Senhor, para que a graça d’Ele chegue aos corações.
Jesus precisou, primeiramente, desses doze apóstolos, que simbolizam as doze tribos de Israel, que se fecharam e, agora, pelos apóstolos, abrem-se para todo mundo. O mundo habitado vai receber a Palavra de Deus pelo testemunho de vida desses apóstolos, cada um vai para um canto do mundo, cada um vai levar a Palavra do Evangelho para que ela chegue aos corações. O apostolado se multiplicou. Desses doze, vieram mais doze, e o Evangelho chegou até nós. Uma vez que nós entramos na escola de Jesus e nos tornamos discípulos d’Ele, precisamos ser apóstolos.
O discípulo é aquele que recebe, o apóstolo é aquele que leva. O discípulo é aquele que aprende, o apóstolo é aquele que ensina. Um apóstolo nunca pode deixar de ser discípulo, de aprender na escola de Jesus, mas ele também não pode abrir mão do seu apostolado. Na fragilidade humana, ele deve levar o Evangelho aos corações.
Tiago é venerado na Espanha, porque a tradição mais antiga diz que ele foi pregar o Evangelho lá. No mundo hispânico, o Evangelho chegou à América Latina e ao mundo em que estamos.
A Palavra se expande e não sabemos onde ela chega. Precisamos semear o Evangelho, porque esse é o papel do apóstolo: evangelizar e semear o Evangelho que recebeu no seu coração.
Deus abençoe você!

O que nos motiva a sermos melhores?

terça-feira, 24 de julho de 2018

Entenda o que nos motiva a sermos pessoas melhores

Se quiser ser de Deus, terá de viver as duas vias do Senhor: “Amarás ao Senhor teu Deus e ao próximo como a ti mesmo”. O que você entende por esta palavra: “amor”?
É impressionante o quanto o amor de Deus nos toca! Os poetas sempre tentaram decifrar esse sentimento, mas nunca o conseguiram, assim como Luiz de Camões em seu célebre poema: “O amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer”.
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Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Como é amar?

O amor não se poetiza. Quantas vezes o sentimos, mas não sabemos onde realmente dói? O amor é revelação, inauguração, tem o poder de ser novo com aquilo que estava velho.
Jesus sabe da capacidade de olhar as coisas miúdas da vida, às quais não damos valor e aquelas que ninguém havia visto antes. Colocando os pés no seguimento de Cristo, ouvimos a Palavra para olhar a vida diferente: ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’. E o que significa amar o meu próximo? O que significa olhar para o meu irmão e saber que nele tem uma sacralidade que não posso violar? Como posso descobrir esse convite de Deus de abrir os olhos às pessoas? No dia de hoje, eu lhe proponho que acabe com os “achismos” do amor. A primeira coisa que Deus precisa curar é o que nós achamos do amor. Pois, muitas vezes, em nome dele [amor], nós fazemos absurdos: sequestramos, matamos, fazemos guerra, criamos divisões.
O amor nos dá uma força que nem nós mesmos sabíamos que tínhamos. É a capacidade que ele tem de nos costurar. Quantas vezes olhamos para a objetividade do outro, que nos motiva a sermos melhores! É o amor com suas clarezas e confusões. Muitas vezes, em nome do amor, tratamos as pessoas como “coisas”. Quando Deus entra em nossa vida e entramos na vida de outras pessoas, temos de entrar como Ele, agregando valores. Caso contrário, é melhor que fiquemos de fora, porque somos um território que merece respeito.

Na passagem da sarça ardente (cf. Ex 3,2ss ), Deus se manifesta em uma árvore que pega fogo, mas não é consumida. Esse é o amor de Deus: Quanto mais nós amamos, mais somos consumimos; e se estamos esgotados, é porque amamos de menos. Vamos ficando sem vigor, mas a sarça queima sem se consumir. O fogo do amor não queima, pois faz outro fogo, e a experiência do amor de Deus é feita pelo amor de um para o outro.

É possível medir o amor?

Quantas vezes você passou noites inteiras acordado pelo seu filho? Quanto sono perdido? Isso é por amor. Amar o outro é levar prejuízo. Você vai saber o que é o verdadeiro amor quando você se consumir, mas não se esgotar. Você nunca vai dizer que está cansado de amar o seu filho. Você está cansada dos problemas causados por ele, mas não de o amar. Quantas pessoas que procuram e estão necessitadas do amor, mas, em sua busca, correm atrás das micaretas e baladas? A busca do amor está aguçada. Todos estão querendo saber o que é o amor e todos estão precisando de cura. Quantas pessoas foram amadas erroneamente, trazendo as marcas de um amor estragado!
Tenha a coragem de tirar as histórias do passado que doem e que você carrega até o dia de hoje. Nenhuma pessoa pode amar a Deus se não se ama. Nenhuma pessoa pode ter uma experiência com Deus se não for pelo amor a si própria, pelo respeito por si mesma. O amor a Deus passa o tempo todo pelo cuidado que eu tenho com a minha vida, com a minha história. Como sou capaz de amar o próximo como a mim mesmo, se ainda não me amo? Faça caridade a você primeiro. Os seus amigos vão agradecer por você se amar.
Quando o amor nos atinge, somos mais felizes. Um povo que se ama sabe aonde vai. Eu ainda acredito no que Deus pode em mim. Volte a gostar de você!

Estamos doentes, mas Deus quer nos curar

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Nós queremos muitas coisas, mas não nos satisfazemos com nada. Nosso coração só vai se apaziguar em Deus

A cura, na verdade, é salvação, e salvação é cura. No grego, assim como no hebraico, línguas nas quais a Bíblia foi escrita, a palavra salvação também quer dizer cura, saúde.
Em algumas traduções das Bíblias, lemos assim: “Jesus disse: ‘Vai, a tua fé te curou'”. E em outras: “Vai, a tua fé te salvou”. Na verdade, curar e salvar falam da mesma realidade na Sagrada Escritura.
Foto: Wesley Almeida / cancaonova.com
Jesus pagou o preço do nosso resgate. Podemos falar de salvação como pagamento de uma dívida somente se entendermos isso como uma metáfora. Para entendermos a salvação, precisamos de várias metáforas, e nenhuma delas é completa, pois são comparações que nos dizem o que é a salvação. Uma delas está neste conceito de cura: estamos doentes e precisamos ser curados, precisamos ser salvos. Este não é um conceito absoluto, mas bastante rico, cujo fruto espiritual é muito grande. Deus quer nos salvar, ou seja, Ele quer nos curar. Esse conceito funciona bastante, porque está enraizado na constatação de que não estamos totalmente conforme o sonho que Ele teve para nós. Esse sonho foi realizado somente em Jesus Cristo, que é um Homem como Deus pensou.

Marcados pelo pecado original

Podemos dizer, com toda certeza, que nunca vimos uma pessoa inteira. Só temos experiência de “pedaços” de homens, pessoas “deformadas” que trazem em si a marca do pecado. A nossa condição é a de pessoas marcadas pelo pecado, pois somos doentes e precisamos tomar consciência disso, para que vivamos uma mudança de mentalidade.
O mundo acha que tudo o que se vive por aí é normal. É assim que a nossa sociedade decide o que está certo ou errado. Por exemplo, segunda ela, a masturbação é normal, “porque todo mundo faz”. Primeiro, não é verdade que todo mundo a pratica; depois, mesmo que seja a maioria, isso não constitui a normalidade. No século XIX, metade da população de Cuiabá (MT) morreu de varíola, depois da guerra do Paraguai. Mas isso não fez com que essa doença se tornasse normal, continua sendo uma doença. Todo mundo tem gripe ou alguma virose, mas nem por isso essas enfermidades são normais.
Leia mais:

Somos pessoas marcadas pela “doença” do pecado original. Nossas reações não são todas normais. Se não nos dermos conta disso, não vamos nos converter. O primeiro passo que o doente tem de dar para se curar é o de se convencer de que está doente. Se ele achar que está muito bem, não vai mudar.
É muito mais fácil uma espiritualidade “otimista” que aplauda e canonize tudo aquilo que as pessoas fazem. “Todo mundo faz, é assim mesmo. Tudo o que Deus fez é bonito, precisamos aplaudir, apoiar e aceitar”. Precisamos levar a sério as consequências do pecado original. Se sou obcecado pela felicidadeque encontro na comida, na bebida, esse tipo de pensamento diz que a fome é um instinto natural, criado por Deus; logo, é bom e não tem nenhum problema. Embora isso tenha sido criado por Deus, traz a marca do pecado original, pois nos afasta d’Ele.

O pecado e suas consequências

Santo Agostinho faz a comparação: Imaginemos que um noivo dê um presente para sua noiva, e ela fica tão fascinada com o presente, que esquece do noivo e vai para casa. Aquilo que o noivo deu como sinal de amor torna-se um caminho de separação. Deus nos deu este mundo como um presente, mas a nossa tendência é transformá-lo em deus, colocar os presentes d’Ele no lugar d’Ele. É aqui que está a nossa doença.
Dizer que uma pessoa é saudável é diferente de dizer que um alimento é saudável. Uma pessoa é saudável quando tem saúde e um alimento é saudável quando traz saúde. Da mesma forma, podemos falar de pecado original de formas diferentes: uma coisa é dizer “eu cometi um pecado”, que é uma transgressão, algo que ofende a Deus e destrói a quem o pratica. Quando dizemos que Adão e Eva pecaram, posso chamar essa primeira transgressão de pecado original. E quando digo que tenho este pecado [original], isso tem outro sentido, pois é algo recebido, hereditário. Podemos tentar explicar isso por meio da liberdade que Deus nos dá como filhos. Ele está do nosso lado, protege-nos, mas leva a sério a nossa liberdade. Se você fizer algo de mal, Ele vai respeitar sua liberdade, e vai sofrer por isso, já que nos ama.
Os pecados que cometemos afetam aos demais, às vezes, até de forma irreparável. Se você contrair AIDS, não tem como fazer de conta que isso não existe, pois pode morrer com esta doença ou contaminar outras pessoas. O pecado tem consequências, assim como, a partir do pecado original, surgiu em nós uma tendência para o mal.

A importância da ascese

Os mesmos instintos que os animais têm nós também o temos. Assim como um macaco gosta de comer, beber, ter relações sexuais, nosso instinto é o mesmo. Porém, existe uma grande diferença: nós temos alma. Nós não fomos feitos só para isso, temos uma sede maior. Não adianta apenas comer, beber, ter relações sexuais, porque dentro de nós vai permanecer um vazio. Seu coração vai permanecer inquieto, como disse, com clareza, Santo Agostinho. Nós não nos satisfazemos com nada, nós queremos muitas coisas, mas nosso coração só vai se apaziguar em Deus.
Proponho, então, uma conscientização das “doenças” que estão dentro de nós. E uma vida espiritual que as combata numa tentativa de reverter as consequências do pecado original. É claro que a cura total não será neste mundo, mas em nossa ressurreição. Mas, por mais que seja assim, nós podemos e devemos viver uma vida ascética, de ascese, esforço para curar estas más tendências que existem dentro de nós. Quando falo de ascese, falo de jejum, vigílias, sacrifícios, abstinências, esforços espirituais. Tudo isso não para “pagar os pecados” – pois eles já foram pagos por Jesus -, mas para combater a tendência ao pecado que, dentro de nós, é como a lei da gravidade, puxando-nos para baixo. Precisamos fazer algo para não acabar nos “envenenando” espiritualmente, pois sabemos da nossa condição, de nossa “doença” espiritual. Não é só na Quaresma que precisamos fazer jejuns e oferecer sacrifícios. Se não combatermos essas “enfermidades”, seremos vítimas delas.

Santo Aurélio destacava-se pela caridade, zelo e pureza de vida

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Santo Aurélio era chamado por todos de “Santo Papa Aurélio”

A Igreja da África, durante os anos de 392 até 429, foi agraciada com o governo santo do primeiro Bispo de Cartago, que santificou-se tornando seu povo também santo. Santo Aurélio nasceu no século IV e desde diácono se destacava pela caridade, zelo, pureza de vida e pelo culto da Liturgia.
O grande Aurélio esteve como Bispo responsável por toda uma região e todos o chamavam – por respeito – de “Santo Papa Aurélio”. Não possuía grandes dotes intelectuais, porém, na Providência Divina, tinha grande amizade com o sábio e Bispo de Hipona: Santo Agostinho. Unido ao Doutor da Graça, pôde combater a autossuficiência do Pelagianismo e outras heresias que encontraram a condenação no seu tempo.
Muito do que sabemos hoje de Santo Aurélio foi o próprio Santo Agostinho quem informou, pois este admirava a prudência, a piedade e a humildade deste pastor e pai, que tudo fazia pela salvação das almas e pureza da doutrina cristã. Santo Aurélio passou da Igreja militante, para a Igreja triunfante pouco tempo antes de Santo Agostinho, isto em 429.

Santo Aurélio, rogai por nós!

 Fonte:Canção Nova

O nosso coração precisa ser manso e humilde

quinta-feira, 19 de julho de 2018


“Vinde a mim todos vós que estais cansa dos e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28).
Deus nos quer descansados, Ele não nos quer sobrecarregados, nem quer que o julgo dessa vida, que o julgo dos nossos compromissos e obrigações sejam uma sobrecarga que vá oprimindo nossa alma, nossa vida, tirando o nosso gosto e a nossa alegria de viver.
O que vamos fazer? Vamos jogar fora as nossas responsabilidades? Vamos fugir das nossas obrigações? Não! Vamos nos refugiar no coração de Jesus, porque, para enfrentarmos todas as lidas da vida, precisamos ter coração. Se não fizermos de coração, não é bem feito e sobrecarrega a saúde física, emocional, psíquica e espiritual. Precisamos ter o coração no que fazemos, mas não um coração sobrecarregado, doentio, tenso, nervoso, medroso, ansioso nem preocupado.
Como o nosso coração precisa estar? Ele precisa aprender com o coração de Jesus, tomar o julgo d’Ele, aprender de Jesus, que é manso e humilde de coração, pois assim encontra descanso em tudo aquilo que faz.
O coração manso não é agitado. Mas nós nos agitamos demais, deixamos o coração se bagunçar e o enchemos de coisas frívolas, desnecessárias. Ele vai se tornando repleto de coisas que só nos enchem. 
O nosso coração precisa ser humilde, e nós precisamos ocupar o nosso lugar, o último lugar, sem desejo de pretensões nem grandezas, sem buscar coisas além do que é nosso. Até quando fazemos uma coisa que pode ser grande, mas fazemos com a humildade de coração, ali o nosso coração não vai se perder.
Às vezes, estamos vivendo uma situação, estamos passando uma realidade de vida, mas o coração está inflado, está cheio de orgulho e vaidades, e tudo se torna pesado, não nos conformamos nem nos consolamos com nada.
Encontremos consolo, descanso e refúgio no coração de Jesus e aprendamos com Ele como deve ser o nosso coração manso e humilde, porque os mansos e humildes têm um coração cuidado por Deus.
Deus abençoe você!

É pelo Louvor que Deus age em nós!


Vamos rezar junto com São Paulo, louvando e bendizendo a Deus  por suas maravilhas em nossas vidas. Temos muitos pedidos a fazermos a Deus, uma cura, uma libertação ou uma graça. mas hoje vamos louvar a Deus por nossas vidas, por nossos familiares. Deus conhece nossos pedidos antes mesmos de dizer. Muitas vezes nos preocupamos em apenas pedir, pedir, mas também é preciso aprender a agradecer! e a melhor forma de agradecer a Deus é louvando. Quais são os motivos que você tem para louvar a Deus?
(apresente a Deus os seus motivos de louvores) e deixe que Ele (Deus) te conduza….


Oremos

Assim, de agora em diante, as dominações 
e as potestades celestes podem conhecer, pela Igreja, 
a infinita diversidade da sabedoria divina, 
de acordo com o desígnio eterno que Deus realizou em Jesus Cristo, nosso Senhor. Pela fé que nele depositamos, 
temos plena confiança de aproximar-nos junto de Deus. 
Por isso vos rogo que não desfaleçais nas minhas tribulações que sofro por vós: elas são a vossa glória.  
Por esta causa dobro os joelhos em presença do Pai, ao qual deve a sua existência toda família no céu e na terra, para que vos conceda, segundo seu glorioso tesouro, que sejais poderosamente robustecidos pelo seu Espírito em vista do crescimento do vosso homem interior. 
Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados na caridade, a fim de que possais, com todos os cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer a caridade de Cristo, que desafia todo o conhecimento, e sejais cheios de toda a plenitude de Deus.  
Àquele que, pela virtude que opera em nós, pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou entendemos,  a ele seja dada glória na Igreja, e em Cristo Jesus, por todas as gerações de eternidade. 
Amém. (Efésios 3, 10-21)

As crianças nos ensinam a levar a vida com simplicidade

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Na vida, as crianças quase sempre encontram soluções fáceis e bem humoradas para cada tensão que encontram

Vivemos em um mundo de intensas dores e ansiedades. Porém, não significa que devemos deixar tudo isso ditar as regras sobre nossa existência. Pelo contrário, precisamos reagir submetendo nossa vida a uma outra lógica, que não nos permitirá ser totalmente engolidos por essa enorme onda de agitação e ansiedade.
As crianças nos ensinam a levar a vida com simplicidade
Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com
O ser humano é, no reino da vida, o único ser dotado de pensamento (razão). Ele é o único capaz de não se permitir determinar pelo meio em que vive e pelos seus instintos. Assim, pode construir uma realidade nova e melhor, que mais eficazmente corresponda à sua autêntica realização.
O homem não é uma massa de manobra que será sempre escrava do tempo e de suas frágeis tendências. Não. Ele é muito mais e foi criado para ir mais longe, pois possui a “dinâmica força da vida” dentro de si. Não será possível uma vida sem tensões e sofrimentos, e sobre isso já falamos. Mas como gerir esses sofrimentos e tensões tão comuns em nossa vida? Aqui, não me sinto autorizado a despejar sobre você receitas (ou frases) prontas. Ao contrário, desejo apenas propor caminhos que o possibilitem pensar e, posteriormente, encontrar ferramentas que o auxiliem neste processo.

A felicidade está em pequenos gestos

Gosto de contemplar o jeito como as crianças percebem a vida e as dificuldades nela presentes. Para elas, as coisas são simples e descomplicadas, e quase sempre elas acabam encontrando soluções fáceis e bem humoradas para cada tensão que encontram. Elas não possuem a pretensão de querer reter, instantaneamente, a felicidade debaixo dos braços, mas a buscam experimentar em pequenas porções, a partir de cada pequena coisa que a existência lhes proporciona.
No universo delas, a felicidade está em pequenos gestos: em uma partida de futebol com os amigos, em uma brincadeira na rua ou em uma refeição cheia de comidas gostosas etc. Enfim, elas conseguem viver bem cada momento, sendo inteiras (e felizes) em cada fragmento.
Leia mais:

Com elas podemos aprender algo? Acredito que aprender a viver com simplicidade sem complicar os fatos, lutando para separar cada coisa e as experienciando uma de cada vez é um concreto caminho para uma boa gerência de tensões (um caminho para a maturidade).
Percebo que uma boa e diária dose de paciência revestida de otimismo, diante de nossa vida e de seus muitos desafios, também nos possibilita bem lidar com nossas frustrações, ensinando-nos a não nos desesperarmos diante das momentâneas derrotas que o dia a dia nos apresentará.
(Extraído do livro “Construindo a felicidade”)

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