Precisamos olhar para as crianças e encontrar nelas sempre um apelo de conversão e mudança de vida
“Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus” (Mateus 18,3).
O Reino dos Céus está no meio de nós, mas não entramos nele, muitas
vezes, porque não nos convertemos. Existe a grande conversão da vida,
que é o nosso encontro pessoal com Jesus, que transforma nossa vida,
porque nos tira do reino das trevas e nos traz para o reino da luz,
tira-nos do caminho desse mundo e nos coloca nos caminhos do seguimento
do Senhor.
Muitas pessoas não conhecem a graça de Deus, mas passam a conhecê-la;
outros já nascem participando da Igreja, da comunidade, e já têm essa
primeira conversão. Quem já nasceu no caminho do Reino de Deus ou quem
se converteu ao longo do caminho precisa de uma mudança de mentalidade a
cada dia. É a conversão mais necessária e exigente, é a conversão que
exige de nós uma metanoia, uma mudança de mentalidade.
Para isso Jesus nos coloca, como grande referencial, a criança: “Se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus”.
Por que precisamos ter a mente de uma criança? Não é a mentalidade
infantil e ingênua de uma criança, mas a mentalidade da menoridade.
Vivemos num mundo em que se cultiva o sentimento de grandeza, onde o
importante é ser grande, é o que temos, o que conquistamos e o que
somos.
Os homens querem ser sempre melhores uns que os outros, nunca estão
satisfeitos com o que têm. A criança, na mentalidade judaica, é um ser
que não tem importância, ela é pequena e ainda não está assumida no
mundo dos homens.
Temos muita importância para Deus, importância demasiada, grande, mas
precisamos viver, no mundo, a menoridade. Não sermos maiores que os
outros nem mais importantes, não deixar esse sentimento de grandeza
tomar conta de nós.
Temos de nos acostumar com as coisas pequenas, pois, quanto mais
tivermos a alma pura e pequena, maior será a grandeza de Deus presente
na nossa vida.
Precisamos olhar para as crianças e encontrar nelas sempre um apelo
de conversão e mudança de vida. Toda vez que vem esse sentimento de
grandeza tomando conta de nós, precisamos suplicar: “Senhor, converta-me
e não me deixe viver à mercê no meu sentimento de grandeza”.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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