A quem muito amamos muito perdoamos. Se não temos ou não demonstramos muito amor por Deus, também experimentamos muito pouco do Seu perdão
“Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que
ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor. Aquele a
quem se perdoa pouco mostra pouco amor”
(Lucas 7,47).
O Evangelho de hoje é lindo e merece toda a nossa atenção. Uma mulher
era conhecida, na cidade, como pecadora. Eu não sei, de fato, quais
eram os pecados dessa mulher, mas ela recebeu o adjetivo de “pecadora”, e
todos a conheciam assim.
As pessoas gostam de rotular umas as outras, mas, infelizmente,
rotulam-se pelo negativo. Alguém que cometeu essa ou aquela falha,
alguém que tem algo que não nos agrada… Muitas vezes, até esquecemos o
nome da pessoa, mas em nós está o rótulo que temos dela. Se aquela
pessoa tem um pecado, maior é o nosso pecado quando a rotulamos pelos
seus defeitos, pelas suas fraquezas, pelos seus pecados e assim por
diante.
Jesus não rotula ninguém; pelo contrário, Ele acolhe a todos. Por
esse motivo, os pecadores se aproximam d’Ele, vão ao encontro d’Ele.
Essa mulher, que oficialmente ninguém a tinha bem, que queriam distância
dela, não encontrava o acolhimento que precisava.
Todos nós precisamos mudar de vida, mas não mudamos, porque achamos
que o outro tem vida errada, o outro que é pecador. “Eu não faço o que
ele faz.”
A nossa relação com Deus não se mede por comparação, mas pela
proximidade, por um coração que reconhece sua miséria e necessita do
amor misericordioso do Senhor.
Os religiosos da época de Jesus não O acolheram nem foram acolhidos
por Ele. Não foi Jesus quem não os acolheu, mas foram eles que não
sentiram necessidade d’Ele, pois já estavam justificados. Essa mulher
era muito pecadora, assim a rotularam, mas ela tinha muita sede de amor,
de cura e libertação. Ela se jogou aos pés de Jesus e passou nos pés
d’Ele o melhor perfume e demonstrou todo o seu amor, por isso todos os
seus pecados foram perdoados.
A quem muito amamos muito perdoamos. Se não temos ou não demonstramos
muito amor por Deus, também experimentamos muito pouco do Seu perdão e
da Sua misericórdia; e vamos crescendo no orgulho, na soberba espiritual
de nos acharmos santos, justificados e melhores que os outros.
Que perigo de vida nós corremos! Que Deus nos dê juízo, sabedoria e humildade.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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