Precisamos ser instrumentos da bênção de Deus com as nossas mãos, e jamais instrumentos que afastam as pessoas
“Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: ‘Mulher, estás livre da tua
doença’. Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se
endireitou e começou a louvar a Deus” (Lucas 13,12).
Aquela mulher padecia de um encurvamento há dezoito anos. E à medida
que ela ficava encurvada, não podia enxergar direito as coisas e as
situações, porque aquela situação era incômoda para ela. Quanto mais o
tempo passava, mais encurvada aquela mulher ficava. Imagine as dores que
ela carregava sobre as costas!
O pior é a mentalidade daquele época, que se reflete na mentalidade
de muitos hoje: “Uma coitada! Está pagando o preço pelos seus pecados,
por isso tem de passar por essa situação”.
Essa mulher era uma rejeitada, ninguém podia por ela, nem mesmo a própria religião a acolhia como ela merecia ser acolhida.
Vivemos num tempo onde muitas pessoas estão encurvadas, e diante das
curvas que sofreram da vida – doenças, enfermidades, situações
emblemáticas ou problemáticas, sofrimentos que muitas mães e pais
passam, situações de opressão que muitos vivem na mente, no espírito e
no coração – elas se mantêm à margem da sociedade. A quem recorrer? A
quem procurar? Quem pode por elas?
Essa mulher viu em Jesus a luz para sua vida, ela viu em Jesus o que
ela podia ter de esperança para uma vida melhor e mais digna. É o
próprio Jesus que, misericordiosamente, se aproxima dela e diz: “Mulher,
esteja livre dessa doença, dessa enfermidade, desse mal que pesa sobre
ti”. Ele impôs as mãos sobre ela, e ela se endireitou.
As nossas mãos não são para brigar, para bater nem condenar. Nossas
mãos precisam ser usadas como as mãos de Jesus para abençoar, para
suplicar a graça, a cura, a libertação e a restauração. Quando assim
fazemos, estamos endireitando a humanidade tão encurvada diante de
tantos males.
Precisamos ser instrumentos da bênção de Deus com as nossas mãos, e jamais instrumentos que afastam as pessoas.
Os judeus ficaram incomodados, porque Jesus fez isso no dia de
sábado, mas não importa qual seja o dia da semana nem a situação da
pessoa, precisamos comunicar a graça de Deus a quem está afastado d’Ele.
Rezemos uns pelos outros, coloquemos nossas mãos para semear bênçãos e
graças na vida das pessoas, e não nos permitamos ser instrumentos para
semear a divisão, a confusão, a separação, a discriminação nem a
marginalização.
O nosso Deus é Aquele que inclui, ama e cuida de tudo que está encurvado nesta vida.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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