Se não nos convertermos nem buscarmos em Jesus um coração manso e humilde, nunca seremos justos
“Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ Ele,
porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós
que praticais a injustiça! Ali haverá choro e ranger de dentes’” (Lucas 13,26-28).
Talvez possamos nos gloriar de pertencermos à Igreja, de sermos
cristãos e seguidores de Jesus. Você pode até dizer: “Eu sou batizado.
Eu tenho a cruz. Eu trago a medalha, porque sou consagrado a Nossa
Senhora. Trago símbolos em mim”. Isso não quer dizer nada, ao mesmo
tempo, pode sinalizar alguma coisa. Pode sinalizar que estamos no
caminho de conversão ou na hipocrisia.
As vestes não traduzem o que, de fato, a pessoa é; como eu afirmo,
elas podem sinalizar sim, que você vive um caminho de adesão a Deus e
assim por diante. O que sinaliza se alguém é de Deus mesmo é aquilo que o
Evangelho está dizendo, é aquele que nas suas ações, nas suas obras,
naquilo que ele faz, testemunha o amor de Deus na sua vida. E, acima de
tudo, ele é justo nas suas obras e nas suas ações, jamais comunga com as
injustiças da vida, do mundo e com o seu próximo; não acusa ninguém nem
se coloca acima dos outros.
Uma pessoa justa é primeiro humilde. Quando vemos uma pessoa
orgulhosa e soberba, a justiça de Deus não está nela, porque o orgulho
cega toda a visão, ele faz justiça segundo a sua visão justiceira, mas
nunca segundo a justiça de Deus. O que ele acha que é certo é segundo a
sua visão fechada, e não segundo a visão humilde que vem do Evangelho.
Se não nos convertermos nem buscarmos em Jesus um coração manso e
humilde, nunca seremos justos, e se não formos justos nunca seremos
reconhecidos por Deus como da família d’Ele.
Alguns dizem: “Senhor, eu estava nas praças pregando o teu nome. Eu
estava nas redes sociais brigando por causa de você, mas eu estava
defendendo a sua causa, a sua Igreja”. Será duro ouvir: “Não vos
conheço”.
Não basta falar em nome de Jesus, pregar em nome d’Ele ou defender a
causa d’Ele. Se praticamos a injustiça naquilo que fazemos, o preço que
pagaremos acima de qualquer coisa é muito duro.
É tempo de nos corrigirmos, queremos muito corrigir os outros,
perdemos muito tempo com discussões tolas que não levam a nada. Aliás,
levam a provocar a discórdia, as divisões e assim por diante. O nosso
chamado é para revermos onde estamos sendo injustos na vida.
Você pode dizer: “Eu sou sempre justo”, mas você está sendo injusto
com você mesmo, porque não é nem capaz de reconhecer a maior das
injustiças que é o pecado.
Qualquer pecado é um atentado contra o Deus justo, soberano e misericordioso que nos deu a vida.
Voltemo-nos neste tempo que Deus nos dá para nos olharmos, para
reconhecermos onde falhamos e erramos para que a injustiça não cresça e
domine as nossas ações.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
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