Que Deus nos dê um coração generoso, desprendido e, acima de tudo, com muita gratuidade para fazermos as nossas obrigações
“Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer” (Lucas 17,10).
Vivemos num tempo onde as pessoas querem ser reconhecidas,
agraciadas, curtidas, lembradas e aplaudidas por aquilo que realizam.
Quando buscamos isso, quando esse espírito mundano entra em nós,
perdemos a dimensão evangélica da vida.
“Evangelho” quer dizer gratuidade e amor que são entregues sem esperar nada em troca.
Quando olho para Jesus Crucificado e abandonado na Cruz, fico
pensando no bem que Ele realizou para os Seus. Quantas vezes multiplicou
os pães, curou os doentes e enfermos; quantos amou e entregou; as vidas
que transformou; quantos foram tocados pela graça do Evangelho.
Mas, quando Ele estava vivendo o auge do Seu sofrimento, só e
abandonado; Ele não estava cobrando: “Cadê os que me seguiam? Cadê
aqueles para os quais eu fiz milagre?”. A mentalidade evangélica não é
como a mentalidade mundana. No mundo esperam reconhecimento por tudo que
fazem.Ser uma pessoa boa e honesta não merece prêmio.
Esses dias, alguém estava sendo condecorado porque foi bom, honesto e
praticou a justiça. Isso é uma obrigação e um dever. Porém, chegamos a
tal cúmulo que, ser bom e honesto é algo tão raro que precisamos
condecorar as pessoas quando fazem aquilo que era para ser, ou seja, o
dever e a obrigação de cada um de nós.
Ser misericordioso, cumprir nossas tarefas é o óbvio que devemos
praticar. Precisamos corrigir-nos quando não estamos vivendo; quando não
estamos praticando; quando não estamos testemunhando; quando não
estamos fazemos aquilo que é o nosso dever e a nossa obrigação.
Não espere e nem busque aplausos quando fizer aquilo que precisa
fazer. Não espere e nem busque reconhecimento quando realizar as suas
obrigações e a sua missão neste mundo, na sua vida, naquilo que você
faz.
É claro que, às vezes, se alguém ajudar, der aquela “força amiga”,
receba isso com humildade e não com o coração envaidecido ou com aquele
sentimento de grandeza, e não com o título de “Eu sou o melhor”. Não com
aquilo que são as práticas humanas do “Sou mais. Posso mais”. Que tudo
seja feito no coração de Deus, com Ele, para Ele e n’Ele, assim, não
sofreremos por não ter o reconhecimento dos homens.
Que Deus nos dê um coração generoso, desprendido e, acima de tudo, com muita gratuidade para fazermos as nossas obrigações.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova
0 comentários:
Postar um comentário