Francisco recebeu Apostolado da Oração nesta sexta-feira, 28, em audiência
Da redação, com Vatican News
“Um serviço mais do que nunca necessário, que ressalta o primado de Deus na vida das pessoas, favorecendo a comunhão na Igreja”: assim Francisco definiu a atividade desempenhada pela Rede Mundial de Oração do Papa, ao receber em audiência na Sala Paulo VI, no Vaticano, ao meio-dia desta sexta-feira, 28, seis mil membros do “Apostolado da Oração” provenientes do mundo inteiro, dos quais, 850 do continente americano presentes com doze delegações.
O Santo Padre expressou a alegria de encontrá-los e acolhê-los nesta ocasião dos 175 anos da Rede Mundial, agradecendo pelo empenho de oração e de apostolado em favor da missão da Igreja.
Testemunhos
Agradecendo também pelos testemunhos precedentemente dados, em seu discurso aos presentes o Pontífice ateve-se a estes, nos quais descreveram os vários aspectos do serviço de animação espiritual do “Apostolado da Oração”.
Pe. Matthew, que trabalha em Taiwan, disse Francisco, ofereceu-nos informações interessantes acerca da versão de Clique para rezar em chinês.
Oração cria pontes invisíveis, mas reais e eficazes
“É belo saber que os chineses, para além das dificuldades de diferentes naturezas, podem se sentir realmente unidos na oração, encontrando nela um válido auxílio no conhecimento e no testemunho do Evangelho. A oração suscita sempre sentimentos de fraternidade, abate as barreiras, supera os confins, cria pontes invisíveis, mas reais e eficazes, abre horizontes de esperança.”
Em seguida, o Santo Padre referiu-se ao testemunho de Marie Dominique, que contou a missão do Apostolado da Oração na França, onde esta realidade nasceu 175 anos atrás. Do seu testemunho, ressaltou o Papa, entendemos que as intenções de oração tornam concreta a missão de Jesus no mundo.
Na oração, assumir as alegrias e sofrimentos das pessoas
“A Igreja, através da sua rede de oração e as intenções para cada mês, fala ao coração dos homens e das mulheres do nosso tempo”, acrescentou.
“Todos nós, pastores, consagrados e fiéis leigos, somos chamados a entrar na história concreta das pessoas que estão ao nosso lado sobretudo rezando por elas, assumindo na oração suas alegrias e seus sofrimentos. Desse modo responderemos ao apelo de Jesus que nos pede para abrir nosso coração aos irmãos, especialmente aos que são provados no corpo e no espírito.”
É oportuno, neste dia da solenidade do Sagrado Coração de Jesus, recordar o fundamento da nossa missão, como fez Betina (Argentina), destacou o Papa referindo-se ao que disse mais uma das pessoas que deram seu testemunho no âmbito da missão realizada pelo “Apostolado da Oração”.
Testemunhas e mensageiros da misericórdia de Deus
“Trata-se de uma missão de compaixão pelo mundo, podemos dizer, um ‘caminho do coração’, ou seja, um itinerário orante que transforma a vida das pessoas. O coração de Cristo é tão grande que deseja acolher-nos todos na revolução da ternura”, frisou Francisco, acrescentado que “somos chamados a ser testemunhas e mensageiros da misericórdia de Deus, para oferecer ao mundo uma perspectiva de luz onde há trevas, de esperança onde reina o desespero, de salvação onde abunda o pecado”.
O Papa aludiu ainda ao testemunho da religiosa etíope, Irmã Selam, que com os jovens do Movimento Eucarístico Juvenil, frisou Francisco, “ajuda a contemplar a ação do Espírito Santo naquela terra. É importante ajudar as novas gerações a crescer na amizade com Jesus através do encontro íntimo com Ele na Oração, na escuta da sua Palavra, recebendo a Eucaristia para ser dom de amor ao próximo”.
Na oração, o encontro entre avôs e netos
O Santo Padre referiu-se ao entusiasmo de Diego (Guatemala) – mais uma das testemunhas – em favorecer o encontro entre avôs e netos na oração pela paz no mundo e pelos grandes desafios da humanidade de hoje.
Na Rede de oração do Papa se encontram várias gerações, disse Francisco, “é bonito pensar como os avôs podem ser exemplo aos jovens, indicando-lhes percorrer o caminho da oração”.
Mundo digital: missão da Igreja nos areópagos modernos
O Pontífice agradeceu o testemunho de Pe. António (Portugal), que disse como o Apostolado da Oração, entrando no mundo digital, aproxima anciãos e jovens, ajudando-os a dar nova vitalidade ao tradicional apostolado da oração.
“É preciso que a missão da Igreja se adeque aos tempos e utilize os instrumentos modernos que a técnica coloca à disposição. Trata-se de entrar nos areópagos modernos para anunciar a misericórdia e a bondade de Deus.”
Servir-se da Internet sem tornar-se servos
O Papa disse por fim que é preciso, porém, prestar atenção, a servir-se destes meios, especialmente da rede de Internet, sem tornar-se servos dos meios. É preciso evitar tornar-se reféns de uma rede que nos prende, ao invés de ‘pescar peixes’, ou seja, atrair almas para levá-las o Senhor.
“O apostolado da Oração, com a sua Rede mundial de oração pelo Papa e em comunhão com ele, recorda que o coração da missão da Igreja é a oração”, concluiu Francisco.
Fonte: Canção Nova
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