“Amor tem o seu preço”, já dizia o poeta. Porém, o amor também tem seus efeitos, e é sobre eles que partilho. Esses dias, ao ler os escritos do padre Kentenich, encontrei sua definição sobre os efeitos do amor, e também faço meu o pensamento dele.
“O verdadeiro amor é como o sol ardente, ele desperta e faz germinar todas as sementes ocultas no homem. Muitos não se desenvolvem nem moral nem espiritualmente, porque em vão esperam saudosos, um simples gesto de amor. Outros trazem em si a inclinação ao heroísmo e poderiam elevar-se como águia, até o sol, porém permanecem em planos inferiores, porque recebem e dão pouco amor”. Levando em consideração que, o amor que nos cura e nos faz crescer é o amor que damos e não o que recebemos, é justo que comecemos agora mesmo a dar mais atenção ao assunto.
Os efeitos do amor que dou
Santo Agostinho nos diz: “O amor é a força de atração da alma”; e São Francisco de Sales nos lembra: “Como o corpo foi criado para a alma, assim a alma foi feita para o amor”. E Deus, que criou o homem, portanto: o corpo e a alma por amor e com amor, também espera do homem, no mínimo, a disposição para amar.
Mas como amar meu próximo na medida certa? Cristo nos ensinou quando disse ao escriba: “Amarás teu próximo como a ti mesmo”, portanto, está aí a medida certíssima! Porém, como não posso dar aquilo que não possuo, então, para amar o meu próximo, devo ter também um sadio amor próprio, concorda? Agora, mãos à obra!
Começando por uma autoanálise: me amo e me aceito como sou ou tenho me desprezado, fugindo de mim tentando amar os outros? Que tipo de amor tenho oferecido às pessoas que se relacionam comigo? Feita sua conclusão, lembre-se de que: o amor que cura é o amor que você dá e não o que você recebe, além do mais, não se pode dar aquilo que não se tem.
Peço a Deus que lhe conceda, hoje, a graça de amar, na medida certa, o próximo como a ti mesmo, e que você leve os efeitos do amor em sua vida.
Fonte: Canção Nova
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